Movimento Varejo

Álvaro Cordoval de Carvalho

Natural de Pedreiras (MA), o empresário Álvaro Cordoval de Carvalho tem o varejo correndo em suas veias. Seus pais, Antônio Alexandrino e Silvina Carvalho, fabricavam e vendiam sapatos e boa parte da sua infância foi dividida entre as obrigações escolares e os negócios da família. Com 17 anos, abriu uma lanchonete na praça de Pedreiras. Os negócios iam bem, mas Carvalho colocou na cabeça a ideia de partir para Brasília, uma aposta comum no início dos anos 1960. “Queria tentar outra profissão, seguir outro rumo na capital”. Fez todos os planos para a mudança, mas a poucos dias da viagem recebeu uma ligação de uma tia que morava em Belém. Dona Tereza queria convidá-lo para conhecer a capital paraense antes de seguir para o Planalto Central. Ele não sabia, mas, ao aceitar a proposta do passeio, estava retomando as trilhas do seu destino. Chegou a Belém e se encantou com a cidade. Fixou moradia e passou a fazer o que mais sabia: vender. Incentivado por um primo, negociava a compra e venda de joias. Prosperou, diversificou e acabou se tornando uma referência no comércio local. Hoje, além de presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Belém, ocupa uma vaga no Conselho Superior da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Confira a conversa da Varejo s.a. com essa liderança.  

Qual é o seu negócio?

Atuo em duas áreas. Sou comerciante de joias desde minha chegada a Belém, aos 19 anos. Depois de 20 anos trabalhando só com compra e venda desse produto, acabei me estabelecendo com solidez no mercado. Foi quando resolvi diversificar minhas atividades e passei a investir no comércio de eletrodomésticos e móveis. Hoje, tenho as duas lojas.

Como começou sua trajetória no Sistema CNDL?

Começou em 1962. Naquela época, não existiam cartões de crédito. Toda operação de crediário tinha que passar pelo SPC. Utilizávamos as famosas “linhas diretas”, o sistema de atendimento por telefone que toda cidade tinha em suas CLDs. Foi tratando dessas operações que surgiu meu interesse pela entidade. Acabei me associando e me envolvendo nas atividades de classe. Passei por todas as diretorias da CDL Belém, mas foi participando dos encontros nacionais que me tornei conhecido. Fui a todos! Acabei conhecendo as lideranças e hoje, além de presidir a unidade de Belém, faço parte do Conselho Superior da CNDL.

Qual é a importância de atuar no Sistema CNDL?

Para mim, atuar na CNDL é fazer parte de uma associação que promove o crescimento pessoal e social. Recebemos várias lições práticas dos nossos negócios e interesses, mas é no dia a dia, atuando para que o varejista seja um ator importante na sua comunidade que nos sentimos cidadãos atuantes. A CNDL me deu a noção de cidadania e participação.

Por que acha que se tornou uma liderança?

Acho que foi um processo natural de quem participa das atividades de sua categoria. Sempre estive ali, aprendendo, tendo contato com pessoas importantes e atuantes. A liderança se dá por esse caminho. Quando você vê, já estão o respeitando mais, ouvindo o que você tem a dizer e reconhecendo seu papel de líder da sua associação.

Na sua opinião, o que é ser um dirigente lojista?

Ser um dirigente lojista é ter consciência do seu papel na sociedade. É, antes de tudo, se reconhecer como um cidadão atuante, um cidadão que se preocupa com o coletivo.

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