Informações complementares ajudam lojistas na hora de avaliar o nome do consumidor
O governo federal está otimista para 2017. São positivas as previsões para a inflação, a taxa de desemprego e o crescimento do PIB. O mercado segue a mesma tendência e aguarda com expectativa o início dos saques das contas inativas do FGTS, que devem movimentar mais de R$ 35 milhões. No entanto, alguns números inspiram cuidados.
Segundo pesquisas recentes do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), 62% dos consumidores afirmam não guardar dinheiro e nem possuir uma reserva, e 47% viram seus gastos com supermercado e energia elétrica aumentarem em 2016.
Análise complexa
Com restrições impostas ao orçamento e a redução do poder de compra, o consumidor se vê obrigado a priorizar as despesas essenciais e a reduzir as que são menos importantes: o tempo gasto ao telefone, roupas, idas a bares e restaurantes e delivery de refeições, entre outras.
Mas, nem sempre o controle das despesas é eficiente, o que pode resultar em inadimplência. Em 2016, ainda segundo pesquisas do SPC Brasil e da CNDL, 65% dos brasileiros atrasaram alguma conta e tiveram o nome negativado. Logo, não surpreende que metade do dinheiro sacado do FGTS destine-se à quitação de dívidas.
Essas informações demonstram que oferecer crédito ainda pode ser arriscado e que a consulta do CPF é um processo complexo, que demanda a análise de muitas variáveis. Sobretudo, vai muito além de simplesmente verificar se o nome do consumidor está negativado.
“Na elaboração do perfil financeiro do cliente, muitas informações estão envolvidas. É preciso definir quais dados são pertinentes e, posteriormente, confirmar a sua veracidade. Assim, evitam-se riscos, fraudes e os resultados esperados são maximizados”, afirma o superintendente do SPC Brasil, Nival Martins. Para tanto, o SPC Brasil oferece agora novas informações para incrementar a consulta de pessoa física, que buscam tornar os processos de análise e oferecimento de crédito ainda mais detalhados.
Gasto Estimado Pessoa Física (PF)
Muitas vezes, o consumidor não está com o nome negativado, mas, com o aumento das despesas mensais, a probabilidade de se tornar inadimplente também cresce.
Esse risco pode ser medido com a informação adicional de Gasto Estimado. Com essa modalidade de análise, baseada nas melhores práticas e modelos estatísticos, é possível obter uma estimativa mensal dos gastos que o consumidor tem com energia elétrica, água, gás, moradia, educação etc. Assim, conceder crédito a quem já está com grande parte do orçamento comprometido pode representar um grande risco.
Índice de Relacionamento de Mercado Pessoa Física (PF)
A partir de dados como frequência de consulta, frequência na busca por crédito, hábitos de pagamento, entre outras, calcula-se o índice de relacionamento do consumidor com o mercado em níveis alto, médio e baixo. Muitas consultas em pouco tempo, por exemplo, podem indicar fraude ou restrições na concessão de crédito. Com isso, pode-se conhecer o comportamento do cliente: hábitos de pagamento, pendências financeiras, lojas preferidas, etc.
Essas novas informações para consultas ressaltam a importância de conhecer o perfil do cliente e suas características de consumo. Para adquirir esses produtos, é preciso se associar ao Sistema CNDL por meio de alguma Entidade, como as Câmaras de Dirigentes Lojistas do seu município (CDLs) ou demais representações locais. Para associar-se, basta acessar o site do SPC Brasil: www.spcbrasil.org.br/associados/seja-um-associado