Presidente da entidade participa de manifesto que pede o fim de 90 tributos
O presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), José César da Costa, e o presidente da Federação da Câmara de Dirigentes Lojistas de Minas Gerais (FCDL-MG), Frank Sinatra, participaram do lançamento do Manifesto da Sociedade Empreendedora pelo Imposto Único, iniciativa do Instituto Brasil 200, entidade formada por grandes empresários de diversos setores. O evento, que aconteceu em São Paulo, contou a presença do vice-presidente da República, Hamilton Mourão, que proferiu uma palestra para os convidados.
O encontro serviu para as lideranças empresariais somarem esforços para eliminar os mais de 90 tributos que existem no Brasil e manter apenas um, relativo à movimentação financeira. O imposto único seria cobrado sobre qualquer transação financeira entre contas-correntes. Para isso, haveria a cobrança de uma alíquota de 2,5% de quem paga e de quem recebe. Em caso de saques, o percentual seria dobrado, ou seja, 5%, para tributar as compras em dinheiro. A retenção seria feita automaticamente pelos próprios bancos.
Para o presidente da CNDL, a medida beneficia empresários, estimula a geração de empregos e facilita a vida dos contribuintes. “O imposto único é mais justo para a população. Além de simplificar o pagamento de tributos, a proposta evita transtornos ao governo federal, como a sonegação de impostos”.
Já para o presidente da FCDL-MG, o encontro foi uma oportunidade para os empresários contribuírem de maneira incisiva contra o modelo tributário brasileiro, em sua opinião, obsoleto e disfuncional. “Temos a grande chance de fazer história implantando um imposto único que seja justo e bem distribuído”, disse.
O evento contou com a participação de mais de 40 entidades do setor de comércio e serviços, incluindo aquelas que compõem a União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs). O presidente da entidade, George Pinheiro, comentou a reivindicação dos empresários. “A simplificação no sistema de tributação do país vai nos proporcionar um ambiente empresarial mais favorável ao crescimento e à produtividade”, disse. “A intervenção do Estado e a burocracia que os brasileiros encontram hoje para empreender favorecem a diminuição da oferta de empregos e impedem o crescimento das empresas. É preciso simplificar para reverter esse cenário e permitir o crescimento do Brasil”, declarou.
Presentes na solenidade, políticos de várias correntes apoiaram a proposta do Instituto Brasil 200, o que indica que a ideia do imposto único tem penetração no Parlamento. O presidente do instituto, Gabriel Kanner, relatou que já existe uma frente parlamentar com o apoio de 230 deputados e dez senadores. “As lideranças empresariais têm que estar à frente desse processo. Durante muitos anos, ficamos ausentes do debate público, deixando um vácuo que foi ocupado por pessoas incapacitadas”, afirmou em sua apresentação.