Como a Inteligência Artificial vai transformar o e-commerce
Com uma introdução provocativa, Dalvi estabeleceu o tom ao afirmar que “um dos grandes desafios é entender como se posicionar e estruturar para capturar as oportunidades que ela traz. A inteligência vai cumprir um papel transformacional”
Divulgação Web Summit Rio 2024/Diego PadilhaOs olhares do Web Summit Rio 2024 se voltaram nesta quarta-feira (17) para o painel com Tiago Dalvi, fundador e CEO da Olist, e Guilherme Nosralla, co-fundador da Merama, que aprofundaram os debates sobre como a Inteligência Artificial (IA) está revolucionando o cenário do comércio eletrônico. Com uma introdução provocativa, Dalvi estabeleceu o tom ao afirmar que “um dos grandes desafios é entender como se posicionar e estruturar para capturar as oportunidades que ela traz. A inteligência vai cumprir um papel transformacional”.
O empresário enfatizou que a IA não é mais uma opção, mas uma necessidade para a sobrevivência dos negócios, especialmente para os que estão apenas começando. Ele destacou ainda a capacidade que ela tem de proporcionar experiências personalizadas aos clientes, antes inimagináveis sem uma grande estrutura.
“Cada vez mais você pode entregar uma experiência individualizada. Antes, para entregar isso, você quase precisava se tornar uma empresa de serviço ou depender de muita gente. Hoje, você consegue treinar modelos que te permitem interagir com o seu cliente de uma forma muito mais individualizada”, pontuou.
Guilherme Nosralla acrescentou outra camada à discussão ao abordar o comércio conversacional, destacando como esse canal pode ser valioso para os empreendedores alcançarem clientes que preferem esse tipo de interação.
“Essa é uma exigência do cliente, que precisa ser automatizada para ter a melhor conversa e gerar vendas. É algo que veio para ficar e vai ser transformador”, acrescentou.
Ética e transparência
Quando questionados sobre a ética e transparência no uso de inteligência artificial, ambos concordaram que é essencial haver regulamentações claras e responsabilização para garantir que as experiências do cliente sejam aprimoradas sem comprometer sua privacidade ou segurança.
“É preciso responsabilizar, sem sombra de dúvida. Toda regulamentação tem que vir a partir de uma experiência, entender efetivamente os diferentes casos de uso e, a partir disso, ser o catalisador”, disse Dalvi. “Mas é preciso estar atento a como isso será feito, para que as experiências melhorem ao mesmo tempo que as empresas cresçam”, completou o CEO da Olist.
Os cenários para o futuro do e-commerce também foram pautados na conversa. Os painelistas enfatizaram a tendência cada vez mais integrada entre o online e offline, além de preverem um aumento na adoção de diferentes modelos de interação com os produtos.