Em 140 anos, Carolina Monteiro é a primeira mulher no comando da Junta Comercial do Ceará
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A participação ativa das mulheres em cargos de poder no Brasil vem crescendo, mesmo que de forma ainda tímida. E um exemplo da conquista desses espaços é Carolina Monteiro, primeira mulher em 140 anos a ocupar a cadeira de presidente da Junta Comercial do Estado do Ceará (Jucec). Advogada e especialista em gestão pública, está há 13 anos na instituição, onde começou como estagiária de Direito. Foi supervisora do Núcleo de Registro de Empresas e, desde 2008, exercia o cargo de assistente do presidente. Em maio deste ano, assumiu o posto mais alto do órgão.
Sua missão é administrar a Junta Comercial, planejando ações que possam contribuir com o desenvolvimento econômico do estado e com a melhoria do ambiente de negócios. Ela conta que essa trajetória foi um longo caminho de aprendizado, e administrar a Jucec não é só uma conquista profissional, mas também um exemplo da representatividade das mulheres em cargos de protagonismo. “Atingimos um patamar de empoderamento, embora ainda tenhamos que enfrentar situações de preconceito. Mas as mulheres podem e devem continuar na luta pela garantia dos direitos, do respeito e pelo reconhecimento de que possuem um papel fundamental na construção da sociedade em que vivem”, destaca a presidente.
Atualmente, o comércio varejista é responsável por 44,47% das empresas registradas no Ceará. Por isso, o principal desafio de Carolina é desburocratizar o processo de abertura de novos estabelecimentos no estado com a implementação integral da Rede Simples, parte de um programa nacional onde o cidadão poderá abrir o seu negócio de forma mais ágil, em um período de até 48 horas.
O sistema irá integrar todos os órgãos envolvidos no registro e ajudar no licenciamento e controle tributário da empresa. “A Rede permitirá que o empreendedor dê entrada no processo de uma só vez, na Jucec, eliminando a necessidade de ir a cada um dos órgãos com cópias de documentos destinadas a cada um deles”, explica.
Esse projeto já teve a primeira etapa implantada, com a via única, lançada recentemente.
Nessa fase, o empresário protocola o processo na Jucec em uma única via e após o deferimento, esta é recebida por meio da internet. Já o funcionamento da Rede dependerá de adaptações nos órgãos dos envolvidos. “Precisamos de uma quebra de paradigma dos órgãos envolvidos no estado, que terão que adequar as legislações tributárias deles”, completa Carolina.