Tendência promete benefícios para a economia, além de incentivo a novos hábitos de consumo
Os brasileiros têm aproveitado cada vez mais os sites de compra e venda para negociar aqueles objetos que ficam parados em casa e, aparentemente, não têm valor. O crescimento mostra uma mudança de comportamento, em que o consumidor está mais propício a desapegar de coisas que não usa, estende a vida útil de produtos e, de quebra, aproveita para gerar uma renda extra.
De acordo com a OLX, uma das maiores plataformas de compra e venda de produtos seminovos e usados do país, só em 2018, mais de 24 milhões de itens foram vendidos por meio do site. A quantidade de anunciantes também cresceu, ultrapassando os 16 milhões – número que supera em 8% a quantidade de pessoas que venderam algum artigo em 2017.
Para o vice-presidente executivo da OLX Brasil, Marcos Leite, os dados mostram que o consumidor tem olhado de uma forma diferente para os seus pertences. “As pessoas pensavam que não tinham coisas de valor paradas em casa, mas, quando venderam pela primeira vez usando a plataforma, passaram a olhar para os seus pertences de forma diferente. Temos muitos casos de usuários que, hoje, usam o site como uma fonte de renda complementar”, afirma.

O potencial de negócios para essas plataformas é grande e beneficia o setor varejista. Os dados da OLX mostram que a categoria Eletrônicos e Celulares foi líder em vendas, com mais de sete milhões de produtos comercializados. Em seguida, estão as categorias Autos e Peças e Para a Sua Casa, ambas com número superior a quatro milhões de artigos vendidos.
“Por meio da comercialização de itens seminovos e usados que já estavam sem uso, os usuários conseguem gerar renda extra para adquirir novos bens e produtos disponíveis no mercado. Desse modo, a plataforma ajuda a manter o ciclo positivo do comércio e da economia como um todo”, explica.
Consumo consciente
Além de representar uma vantagem para o setor e consumidores, investir em artigos de segunda mão é uma atitude sustentável, que incentiva o consumo consciente e reduz o impacto no meio ambiente. Segundo Leite, o objetivo é incentivar cada vez mais brasileiros a desapegar, mostrando que é possível consumir de forma mais sustentável.
“Estamos vivendo uma época de incentivo a novos hábitos e relações de consumo, que chegam de diversas formas”, destaca. “De modo geral, as pessoas estão mais interessadas em se desfazer de produtos que estão parados em suas casas e podem ser úteis para outras. Assim, ganham uma renda extra para realizações pessoais, comprar outras coisas ou mesmo ter mais espaço. Essa tendência já é realidade em diversos países e está se tornando cada vez mais forte no Brasil”, finaliza.
