A criação de um sistema de gestão do próprio negócio levou a uma aceleração da startup no Vale do Silício e transformou a Conta Azul em empresa que cresce 100% ao ano
Em 2013, os donos de uma empresa de software se viram diante da necessidade de um sistema que facilitasse a gestão do próprio negócio. As soluções disponíveis no mercado de grandes empresas de software no Brasil custavam mais de R$ 30 mil, com manutenção de R$ 800 mensais. “Era inviável para um grupo pequeno”, explica o gerente de marketing da Conta Azul, Leonardo Camacho. A ideia dos rapazes virou modelo de negócio. Quando a iniciativa 500 startups veio ao Brasil pela primeira vez buscou ideias que poderiam ser aceleradas. Encontrou os jovens catarinenses com um modelo chamado “EasyERP”.ERP é a sigla em inglês para Enterprise Resource Planning, ou seja, gestão de recursos de uma empresa. A primeira dica dos especialistas no Vale do Silício foi: esse nome não vai pegar. Os sócios entenderam que precisavam de um nome de fácil acesso e compreensão.
“O que todo empresário menos quer é ter suas contas no vermelho”, explica Leonardo, atual gestor de branding da Conta Azul. Os sócios já voltaram da Califórnia com o novo nome e um modelo de negócio que tem cada vez mais sucesso. A empresa atualmente emprega 200 pessoas em Joinville (Santa Catarina) e atende clientes de todo o Brasil.
Um dos diferenciais entre os concorrentes, que Leonardo chama de “companheiros de mercado” é a geração de conteúdo. “Muitos criam vídeos e conteúdos para a web. Mas nenhum faz com tanta paixão, energia e investi mento como a gente”, diz. Chegaram a criar a Universidade Conta Azul, exatamente por entender que empreendedores em todo o Brasil encontram na gestão um dos principais desafios para crescer e se manter no mercado.
“Nosso blog já tinha muito conteúdo gratuito. O crescimento veio como consequência natural. Um empreendedor repassa para outro, assim vamos aumentando nossa rede”, explica.
O desafio para a Conta Azul hoje é tornar-se acessível a públicos mais diversos. Grande parte dos nossos clientes está na faixa etária entre 25 e 35 anos. Segundo Leonardo, o esforço da empresa é adaptar a linguagem das ferramentas para buscar mais gestores e empresários, de todas as idades.