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Governo de transição recebe as demandas do setor de comércio e serviços

Unecs apresenta as pautas prioritárias e os principais gargalos que travam o crescimento das empresas brasileiras

Os integrantes da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs) saíram otimistas da reunião com a equipe econômica do governo de transição no dia 21 de novembro, em Brasília. O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, recebeu as pautas prioritárias do setor e garantiu que atuará para que os empresários tenham condições de trabalhar pela retomada do crescimento econômico do país.

O presidente da Unecs, Paulo Solmucci, apresentou as demandas do setor, entre as quais estão a regulamentação de comércio e serviços de ambulantes e itinerantes; a regulamentação e implantação do Cadastro Positivo; a reapresentação e aprovação da Lei da Gorjeta; a recuperação de centros urbanos; e a isonomia tributária.“A Unecs tem trabalhado fortemente por todas estas pautas e queremos estar demãos dadas com o novo governo em todas estas empreitadas. Apoiamos o governo porque temos uma pauta extremamente alinhada. Queremos que o empreender no Brasil seja mais simples”, disse Solmucci.

Para Paulo Guedes, “os empresários que estão na batalha diariamente sabem onde o ‘calo’ aperta e o que incomoda”. O economista acredita que os impostos têm que ser reduzidos, eliminados e simplificados. “Em vez de 40 impostos, queremos um único imposto federal”,disse. Na visão dele, a pauta social democrata prevaleceu nos últimos 30 anos,o que levou os gastos públicos a saltarem de 20% do Produto Interno Bruto (PIB)para 45%, e o impostos chegarem a 36% do PIB. “Nossa ideia é, em dez anos,reverter a carga tributária de 36% do PIB para 25%. Se o PIB crescer 3% ano,durante dois ou três anos, com uma inflação de 4% e controlarmos a expansão dos gastos públicos, será possível baixar os impostos”, avaliou.

Presente na reunião, o presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Comércio, Serviços e Empreendedorismo,deputado Efraim Filho (DEM/PB) disse que “juntos, a Frente e a Unecs, estamos prontos para defender essa agenda. Seremos interlocutores no Parlamento”.

A iniciativa da aproximação do setor de comércio e serviços foi elogiada pela equipe econômica do governo de transição. “Nossa comunicação tem que ser fluida, vocês têm que vir aqui periodicamente para conversarmos”, comentou Guedes. O economista Carlos Alexandre da Costa, integrante do time de Guedes, reforçou a necessidade do diálogo. “Vocês têm que ser nossos aliados. Juntos, temos que mobilizar o povo para um novo Brasil, acabar com o ‘toma lá dá cá’. Precisamos regenerar apolítica, trabalhar juntos e retomar o debate”.

O presidente da CNDL, José César da Costa, fez um balanço positivo da reunião. “É fundamental apresentar nossas demandas neste momento. Podemos contribuir com a proposição de medidas para nosso setor continuar avançando. Tivemos a garantia de que questões sensíveis ao varejo, como o comércio de produtos ilegais, as feiras itinerantes e a alta carga tributária serão tratadas com atenção pela equipe econômica do novo governo, medidas essenciais para a sobrevivência das empresas”, comemorou.

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