Diretora executiva da Bazzan Training e Coaching, empresa especializada no uso de metodologias que priorizam as mais modernas ferramentas de gestão, a empresária Simone Bazzan trabalha com o desenvolvimento humano, com foco na alta performance. Para a especialista, o uso das novas tecnologias nos negócios e a humanização no ambiente de trabalho são dois fatores que andam juntos. Em 2017, Simone apoiará as iniciativas CDL Jovem e Inova Varejo, além de realizar treinamentos no programa Desenvolvendo o Varejo. A revista Varejo s.a. Dirigente Lojista conversou com ela sobre o tema desta edição: o ser humano.
Com o avanço do comércio digital e do uso de inúmeras tecnologias no ambiente do varejo, qual é a importância da humanização no ambiente de trabalho em relação aos colaboradores de uma empresa?
Em todos os seminários de que participo sobre inovação e marketing, há um senso comum de que o indivíduo é o centro de tudo. Aquela pergunta que sempre surge: será que algum dia eu vou ter que falar com um robô? A essência da pessoa e sua experiência não serão substituídas por uma máquina; ela vem para auxiliar. A humanização está super em alta. O neurobusiness e a neurociência dizem exatamente isso. Nunca se falou tanto em aumentar a performance do indivíduo, em aprimorar, capacitar e desenvolver o colaborador.
E esse caminho da humanização está atrelado à tecnologia?
Eu acredito que a humanização está caminhando, sim, e vai ser o foco das nossas ações, junto da tecnologia, que é uma avalanche que está vindo; o empresário que não inovar vai se afogar. Mas acredito muito que quem está à frente disso tudo ainda é o ser humano, sua essência. Eu trabalho isso diariamente e digo que as empresas não existem e não vão existir sem as pessoas.
Quais são as resistências encontradas pelos empreendedores no caminho da inovação?
Normalmente, a inovação vem sempre como um empecilho. Quando falamos que precisamos inovar, fazemos um brainstorming na empresa, uma ação de inovação; parece que estamos falando de uma coisa muito complicada, de custo alto.
Quando falo nos gaps comportamentais, nesses abismos que nossa mente cria, são coisas do passado, são registros antigos de que realmente era muito caro, envolvendo processos muito demorados. Para implementar um processo em uma empresa, demoravam-se meses treinando lideranças, depois meses treinando colaboradores. Hoje, não, tudo é muito dinâmico e rápido. Então, existe o mindset (modelos mentais) da pessoa que não está favorável à inovação, o que é comprovado pelas pesquisas.
Como desativar esses abismos comportamentais?
Os estudos dizem que precisamos trabalhar mediante lentes da inovação e liderança, que consistem em auxílio para a gestão, uma solução. O olhar do varejista é diferente de uma start-up. Vejamos o exemplo do Inova Varejo: o empresário não precisa criar um produto; é diferente de um pátio fabril, em que você tem que pensar como criar ou melhorar. No varejo, não; podem-se usar essas ferramentas já prontas e disponíveis no Inova Varejo. São soluções para que ele consiga alavancar mais os negócios.
Como trazer essa tecnologia para dentro da empresa, trabalhando uma gestão humanizada junto ao colaborador?
Aí vem o impasse da neurociência, porque eu entendo que existe, sim, um impacto muito grande, sobretudo, nos colaboradores, ou seja, em quem vai fazer uso da solução de inovação diretamente para conseguir resultado. O empresário vai saber qual é sua necessidade ouvindo o colaborador, detectando a necessidade do seu cliente e do mercado. Depois de identificar a necessidade, chega o momento da escolha da ferramenta. Por fim, o líder marca uma reunião e valida com sua equipe. Inserir a ferramenta no dia a dia da empresa torna-se muito mais fácil quando se dá a devida importância e se cria um processo de validação entre as pessoas envolvidas.
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Pedro Miguel