Ação da CNDL reúne especialistas e parlamentares para discutir o papel da mulher no empreendedorismo e na política

A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) realizou nesta terça-feira (08) a live “Os desafios das mulheres no mercado de trabalho”, uma ação da CNDL em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. A transmissão faz parte da campanha “Mulheres que Constroem o Varejo”, que ao longo de todo o mês março fará ações de incentivo ao empreendedorismo feminino e discutirá os desafios da mulher brasileira.
Assista à live na íntegra!
Na live de hoje, a assessora da Presidência da CNDL e coordenadora do projeto, Lúcia Helena Leijôto, mediou uma conversa com a deputada federal e membra da Frente Parlamentar de Comércio e Serviços, Paula Belmonte; a cofundadora da “Quero Você Eleita” e da “Elas Pedem Vista”, Gabriela Rollemberg; a fundadora do projeto Mulheres Equilibristas, Adriana Loch; e a especialista em Relações Institucionais e Governamentais da CNDL, Karoline Lima.
A transmissão começou com uma mensagem do presidente da CNDL, José César da Costa, na qual destacou a importância de estimular presença feminina no ambiente de negócios. “É fundamental ampliar as pautas para o desenvolvimento e ampliação das empreendedoras brasileiras. A CNDL apoia as pautas que envolvem os desafios do mercado de trabalho e os entraves sociais específicos das mulheres”, disse, José César.

Na sequência, a advoga Gabriella Rollemberg falou sobre o projeto Quero Você Eleita, que mobiliza lideranças suprapartidária em torno de agendas baseadas em valores como a igualdade e diversidade de gênero. O projeto, que busca auxiliar mulheres candidatas, já atendeu a mais de 200 candidatas nas últimas eleições municipais. “Quando vamos para os rincões do Brasil entendemos que ser candidata é um processo que vai além do aspecto jurídico e eleitoral de uma campanha, porque envolve questões como com quem ela vai deixar o filho e como vai manter durante a campanha”.
Gabriella chamou atenção para como as mulheres têm uma forma diferenciada de atuação na política. “Percebemos que as mulheres têm inovado na forma de fazer política. Elas buscam uma forma diferenciada de atuação, trabalham em conjunto em diversas pautas e conseguiram avanços em assuntos como a Leia Maria da Penha, a questão da violência psicológica, política e de gênero etc. Isso só foi possível graças a criação de bancadas femininas no Legislativo”, diz.
A advogada diz, no entanto, que o Brasil precisa avançar muito em termos de participação política feminina. “Hoje, o Brasil ocupa o 142º lugar entre os países que buscam ampliar a participação da mulher na política, e ainda somos o 5º país em violência contra a mulher e o 7º em assassinato de mulheres. Temos muito o que avançar”, alertou.

A fundadora do projeto Mulheres Equilibristas, a empresária Adriana Loch, abordou como é possível para a mulher conjugar todas as tarefas inerentes à condição feminina, como a maternidade, a figura de provedora e de esposa, com as aspirações de empreendedora.
Loch falou de seu método de organização para essas facetas e listou dicas para as mulheres alcançarem o equilíbrio. “Olhar para si e cuidar nós mesmas é muito importante, assim como manter a conta bancária sanada. A independência financeira é fundamental como recurso de autoestima”, ensina Adriana. “Outro ponto que deve ser ressaltado é ter a capacidade de dizer “não”. Dizer “não” é libertador, porque nos ensina a valorizar o nosso tempo e nos dedicar às tarefas que realmente importam nas nossas vidas”, ensina.
A deputada Paula Belmonte levantou a questão do preparo e educação das meninas ainda em idade infantil. “Quando falamos de mulheres no poder, estamos falando de uma classe que já é vitoriosa. Porque quando elas concluem uma universidade, um curso técnico, entram no mercado de trabalho, estamos falando de um grupo muito restrito em relação à população brasileira”, diz, lembrando que a educação levará as mulheres para outro campo de emancipação: o empreendedorismo, uma bandeira da deputada.

Paula Belmonte também mostrou receio com relação ao mercado de trabalho, cada vez mais fechados para trabalhadoras que desejam engravidar. Ela pediu atenção para iniciativas que muitas vezes atrapalham mais do que ajudam. “Precisamos entender que muitos projetos e leis que, em tese, protegem as mulheres acabam tendo efeito contrário”. A deputada foi autora da proposta que garantiu a retorno ao trabalho com imunização e ambiente seguro à gestante.
Na sequência, a especialista em Relações Institucionais e Governamentais da CNDL, Karoline Lima, apresentou uma pesquisa sobre o perfil da mulher empreendedora no Brasil, realizada pela CNDL em parceria com o Sebrae. Clique aqui e leia a matéria sobre a pesquisa da CNDL.
Amanhã (09/03), dentro da programação da campanha “Mulheres que constroem o varejo”, a CNDL transmitirá a live “Mulheres que Constroem o Varejo”, com a participação da as senadoras Simone Tebet (MDB-MS) e Eliziane Gama (Cidadania-MA), líder da bancada feminina no Senado Federal; a presidente da CDL Jovem Natal, Giovana Andrade; da diretora da CNDL e presidente da FCDL/MA – Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Maranhão, Socorro Noronha; a gerente Jurídica do SPC Brasil, Vivian Amorim; e a gerente da Secretaria Geral da CDL Fortaleza, Francisca Pinto de Macêdo.
1 Comentário