Os blogs de tecnologia nunca foram tão acessados como nos últimos meses. Internautas dormiam e acordavam atualizando os sites a procura de notícias sobre o lançamento do jogo Pokémon Go no Brasil. A ansiedade do público só diminuiu no dia 3 de agosto, quando, enfim, o aplicativo entrou no ar. Agora, os personagens do desenho que fez sucesso na década de 1990 já podem ser encontrados e capturados nas regiões do País.
Na mesa do bar, no balcão de uma loja, no teclado do trabalho ou em um estacionamento. Em qualquer um desses lugares, já é possível perceber celulares apontados em busca de bichos como o Pikachu. Além de um simples jogo, que vem deixando muita gente distraída por aí, a nova ferramenta tem sido usada também por empreendedores como uma estratégia de marketing.
Fã assumido do jogo, o cearense Thiago Amaro (foto abaixo), profissional da área de marketing digital, enxergou na oportunidade uma maneira de poder se divertir e ganhar dinheiro. “Alguns empreendedores me procuraram e estamos divulgando os locais onde tem PokeStop, ou seja, lugares onde os jogadores podem encontrar itens importantes para o jogo e bichinhos. Essa, sem dúvida, é uma ótima estratégia de marketing. E, além de divulgar, estamos oferecendo o serviço de transporte até o endereço marcado”, explica.
Para o transporte, Thiago fechou parceria com motoboys e motoristas, que cobram de R$ 25,00 a R$ 50,00 para fazer o serviço. “Não via a hora do jogo chegar ao Brasil e, além de poder caçar os personagens, colocar em prática a ideia de poder ajudar os outros com o deslocamento. No primeiro dia de divulgação do serviço, recebemos mais de cem demandas. Criamos um aplicativo para atender esse público e poder nos auxiliar na coleta de informações, pagamento, agendamento de corrida etc”, explica o motoboy Denis Paes.
O que é?
O Pokémon Go, idealizado pelas empresas Nintendo e Niantic, foi inspirado no desenho animado japonês “Pokémon”, sucesso na década de 1990, que tinha como personagens o Pikachu, Charmander e Squirtle. A grande diferença entre a atual e a antiga versão é a forma como se joga. O game atual usa realidade virtual associada ao sistema de localização por satélite (GPS) para espalhar pokémons pelas cidades. O objetivo é colecionar os monstrinhos que só podem ser visualizados e capturados com smartphone.
O que dizem os blogs
Blog Techtudo:
“Pokémon cumpre com as expectativas elevadas e o resultado é bastante diverti do. Não espere um jogo com história, desenvolvimento de personagens ou batalhas complexas. O importante no jogo é aproveitar a cidade e alimentar aquele espírito colecionador dentro de cada um.”
Tecnoblog:
“Milhões de fãs estão revivendo o desejo de ser um treinador de Pokémon. Não é à toa que o jogo, nos EUA, é mais usado que Twitter e Tinder, além de ter mais engajamento que o Facebook.”
Blog Helio Gurovitz:
“O Pokémon Go, segundo dados da consultoria SimilarWeb, é usado, em média, 43 minutos por dia, mais que outros aplicativos como WhatsApp (30 minutos), Instagram (25 minutos), Snapchat (22 minutos) e Facebook Messenger (13 minutos).”
Tecmundo:
“Já não há mais dúvidas do sucesso de Pokémon Go. O jogo de realidade aumentada, pautado no universo dos monstrinhos de bolso, tem quebrado recordes pelo mundo por causa de sua popularidade e capacidade de envolver o público.”
Atraindo o público
Os estabelecimentos americanos, que tiveram acesso ao jogo, também viram a ferramenta como forma de atrair o público. De acordo com relatório do New York Post, os empresários viram suas vendas saltarem 75% nos finais de semana devido
à ativação do recurso “módulo de atração”, que atrai personagens virtuais para a loja e, como consequência, jogadores.
“Não existia uma plataforma social de geolocalização para atrair tantas pessoas de uma só vez”, afirma o documento.