Tendências do marketing emergem no Web Summit Rio 2024
Painéis e rodas de conversa enfatizam a necessidade de aliar tecnologia, humanização e personalização das interações
Divulgação Web Summit Rio/Lucas Jones
No dinâmico cenário do marketing, estar um passo à frente é uma necessidade vital para o sucesso dos negócios. No primeiro dia do Web Summit Rio 2024, maior evento do mundo para discussões sobre tecnologia e inovação, líderes e especialistas do setor compartilharam insights cruciais sobre as tendências que moldarão o marketing em 2025.
Em um dos painéis desta terça-feira (16), Jeff Geheb, CEO da VMLY&R, Renata Bokel, CEO da WMcCann, e Colin Daniels, editor digital da Adweek, destacaram que os líderes empresariais precisam estar atentos e preparados para as iminentes mudanças. A discussão girou em torno de três pontos principais: ascensão da inteligência artificial (IA); importância da gestão e personalização de dados; e poder da experiência do cliente.
Renata Bokel iniciou a conversa abordando o papel transformador da IA e destacou que sua verdadeira promessa reside não na substituição do elemento humano, mas na amplificação da criatividade e eficiência das equipes das empresas. “Hoje, a inteligência artificial traz novos cenários. Os nossos trabalhos serão mais fáceis, eficientes e menos chatos. Assim, os profissionais podem focar nas atividades que mais importam e reescrever o futuro. É uma forma de acelerar algumas ideias e não começar do zero”, destacou a CEO da WMcCann.
A necessidade de as empresas assumirem o controle dos dados para oferecer experiências personalizadas e relevantes também tomou conta do debate. Para Jeff Geheb, o verdadeiro valor dos dados reside em compreender não apenas quem são os clientes, mas também em entender suas motivações e desejos mais profundos.
“Precisamos pensar em como melhor coletar os dados, porque existem várias fontes. Porém, quais deles fazem de fato sentido? As empresas que hoje trabalham com dados têm a chave do reinado”, enfatizou Geheb.
Na mesma linha de pensamento, Colin Daniels afirmou que as marcas precisam realizar o básico para que consigam suscitar as emoções do cliente.
“Se você proporciona um momento inesquecível, você vai se manter relevante. Mas isso só ocorre se o básico for realizado. A ideia central é a de conhecer o cliente para promover experiências exclusivas e significativas”, disse. “Muitas vezes os clientes não sabem exatamente o que querem ou desejam soluções híbridas. Então é importante ter um conhecimento sobre ele para que seja entregue as melhores soluções e produtos”, completou o editor digital da Adweek.
Humanização B2B
Enquanto isso, na roda de conversa liderada por Caroline Nucci, co-fundadora do Women in Business, a humanização no contexto B2B foi o centro das atenções. Nucci ressaltou a importância de compreender profundamente tanto os clientes quanto as equipes internas, enfatizando que o verdadeiro sucesso do Account-Based Marketing (ABM) reside na conexão humana.
Ela destacou que esse tipo de abordagem vai além de simples fórmulas e envolve uma compreensão das pessoas envolvidas nos processos de compra complexos do mundo corporativo.
“Na relação B2B, não vendemos para empresas e sim para pessoas. Entendê-las significa conhecer as necessidades do negócio ao mesmo tempo que eu a conheço, sei em que ela está sendo cobrada e como se conecta com outras pessoas”, afirmou. “Quando eu olho para dentro e para fora do negócio, trago um olhar mais humanizado. É um conhecimento essencial para abordar o cliente no gatilho que vai pegar”, concluiu a empresária.
