Começo este texto com a frase de um amigo após uma longa conversa sobre tecnologia: “A transformação digital não é somente uma implementação tecnológica, mas uma mudança cultural primeiramente”. Inicialmente, a frase me soou complexa, instigante e curiosa.
A transformação digital não é apenas uma implementação massiva de novas tecnologias, mas uma revolução no mundo dos negócios. É uma fase migratória que está acontecendo agora no mundo. O Brasil é o segundo maior país com potencial de transformação digital; por isso, é melhor que a disrupção aconteça de dentro para fora, ou seja, que exista uma preparação, para não ficar sujeito à pressão externa de mudança no seu negócio.
Segundo a Dell, “15%das organizações globais estão atrasadas, 32% só acompanham a marca e 34% estão avaliando a transformação digital”, ou seja, o mercado da transformação está gerando novas oportunidades. A construção de novas visões sobre os negócios fornece, sobretudo, a oportunidade de evoluir no mercado para alavancar a transformação digital.
Uma mudança digital permite surgir diversos insights para o desenvolvimento das pessoas e processos, assim como olhar para seu negócio de forma disruptiva.
As lideranças têm nas mãos a oportunidade de estimular competências humanas, como empatia, criatividade e coragem. Desenvolver as habilidades humanas por meio dessa oportunidade possibilita que, diante da mudança, as pessoas reajam de uma forma rápida e eficaz.
As organizações devem preparar suas equipes, formando os chamados facilitadores e fornecendo treinamento em metodologias que envolvam a transformação digital,como metodologias scrum ou ágil,gerenciamento de Application Programming Interface (API) e Devops, para integrar as pessoas aos processos. Todas essas ferramentas estão disponíveis no mercado para agregar conhecimento às fases da mudança.
O nível de performance da organização está ligado diretamente ao seu nível de maturidade digital, ou seja, quanto mais estruturados estiverem os processos e as tecnologias e mais capacitadas estiverem as pessoas, melhor será o desempenho nos negócios da empresa.
A transformação digital poderá ser efetiva e objetiva com essa fase de maturidade e disrupção. Essa oportunidade de preparar as pessoas, reter talentos, treinaras equipes e investir em tecnologias facilitará a entrada no mercado digital.
Lucia Fassarella – Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Jovem de São Paulo