Geração Z quer ser ouvida e compreendida, aponta pesquisa
Estudo aponta para comportamentos da Geração Z no ambiente de trabalho, que passam por dress code inadequado e uso de IA
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Um levantamento feito nos Estados Unidos mostrou que os jovens recém-formados da Geração Z, ou seja, nascidos entre 1995 e 2010, estão levando seus pais para participar das entrevistas de emprego. Isso mesmo. O fato aconteceu em 20% das empresas, num levantamento com 800 gestores ouvidos pela Intelligent, uma revista universitária online.
A inadequação no ambiente de trabalho vai além: envolve desde um dress code não alinhado com que prega a corporação até dificuldades em cumprir horários e rotinas. No Brasil, as atitudes atípicas também já estariam sendo percebidas pelos times de RH. E, inclusive, a participação de pais, tios e até avôs como coadjuvantes nas fases de recrutamento, sejam presenciais ou online.
Os dados são do e-book Geração Z, editado pelo Estadão como um guia para entender o que os autores definem como “jovens hiperconectados que influenciam a sociedade com seus comportamentos”. A publicação indica que, apesar de quererem ser ouvidos e compreendidos, isso parece não estar acontecendo.
Desafios dos “Zoomers”
No ambiente corporativo, o e-book pode ser um recurso para os recrutadores e gestores entenderem as nuances dos “Zoomers”, como os autores chamam a geração estudada. Um exemplo é a falta de habilidade em usar computadores de mesa (PC) e sistemas operacionais como o Windows. A explicação é simples: apesar de hiperconectada, a Geração Z tem como ferramenta básica o celular e não o PC.
Outro aspecto que chama a atenção é a preferência de consultar plataformas de IA, como ChatGPT, em vez dos gestores. O e-book cita uma pesquisa onde 47% dos profissionais dessa faixa etária preferiram usar a ferramenta a consultar seus gestores. E mais: seis em cada dez desses profissionais acessou a ferramenta de IA porque, aparentemente, seus gestores estariam ocupados. Em resumo: os Zoomers estariam desconectados de sua chefia.
Além da avaliação do perfil no mundo do trabalho, o e-book do Estadão também analisa a Geração Z do ponto de vista dos relacionamentos, inclusive amorosos, e mostra que os jovens dessa faixa estariam mais ansiosos que pessoas de outra geração, embora estejam mais preocupados com o equilíbrio entre saúde e trabalho.