Pandemia: CDL Lagarto mobiliza setor e mantém comércio

No CDL em Todo Lugar desta quinta-feira, você confere as ações da CDL Largato (SE) para manter o comércio aberto durante a pandemia, tomando todos os cuidados para a proteção dos consumidores e colaboradores.

No CDL em Todo Lugar desta quinta-feira, você confere as ações da CDL Lagarto (SE) para manter o comércio aberto durante a pandemia, tomando todos os cuidados para a proteção dos consumidores e colaboradores

“A CDL faz este papel de unir os comerciantes em favor da nossa cidade”, afirma Charles Bricio, presidente da Câmara de Dirigente Lojistas (CDL) de Lagarto – uma das primeiras cidades do estado de Sergipe. Desde 1993, a entidade sergipana do Sistema CNDL busca permanentes soluções para desenvolver, integrar e defender os negócios, preservando os interesses da sociedade e valorizando o consumidor. Na pandemia, sua atuação foi essencial para mobilizar os varejistas lagartenses e construir um plano de ação que possibilitou o funcionamento parcial do comércio local, seguindo todos os protocolos de segurança, nos meses mais sensíveis.

“A CDL Lagarto apresentou a proposta de reabrir o comércio parcialmente com todos os cuidados sanitários, e foi atendida. A união dos associados fortaleceu a nossa representatividade, e junto com o poder público, foi possível montar um plano que beneficiou a todos”, destaca Charles Bricio.

Em março de 2020, o comércio lagartense ficou fechado por 10 dias. A CDL buscou a Prefeitura, a Secretaria da Indústria e Comércio, a Defesa Civil e associados, para fazer um plano de ação visando a reabertura das empresas do setor. Segundo o presidente da CDL, a grande preocupação era com o faturamento e, consequentemente, a sobrevivência das lojas, uma vez que a maior parte da receita se origina no chamado “crediário”, vendas a prazo por meio de nota promissória. Com as lojas fechadas, não seria possível receber os pagamentos já previstos.

“O comércio de Lagarto sentiu (o fechamento), mas foram poucas as lojas que fecharam as portas. Todos se uniram em um só propósito, e graças à Deus, deu certo. No final, muitas empresas sobreviveram por causa desta abertura parcial”, conta o dirigente lojista, explicando ainda que “a parceria viabilizou o decreto municipal que abriu o comércio parcialmente a partir de abril”. As lojas podiam funcionar das 10h às 15h, no ano passado. Este ano, o comércio lagartense não fechou.

A CDL Lagarto tem sede própria e conta com 160 associados, que além dos serviços de proteção ao crédito e das ações de RIG (Relacionamento Institucional e Governamental), são beneficiados pelas parcerias estratégicas realizadas pela entidade. A Câmara de Dirigentes Lojistas integra o Programa LIDER (Liderança para Desenvolvimento Regional), uma iniciativa do Sebrae que promove uma atuação integrada entre as lideranças do poder público, entidades privadas e do terceiro setor para a promoção do desenvolvimento sustentável dos territórios brasileiros.

Segundo o presidente da CDL, por meio do projeto, a instituição cedelista está colaborando com a construção de uma agenda de desenvolvimento que impactará oito cidades vizinhas até 2040. As ações serão direcionadas para os setores de comércio, agricultura e turismo.

“É mais um canal de interlocução com os prefeitos, vereadores, secretários e setores produtivos da região, visando o fortalecimento da economia regional”, fala Charles Bricio.

A Câmara de Dirigentes Lojista realiza ainda, como o apoio do Sebrae Sergipe – que a partir de 2022, passa a contar com um escritório na sede da CDL –, consultorias, cursos e treinamentos para melhorar a gestão e lucratividade das micro e pequenas empresas do município. Entre os temas mais procurados, vendas, finanças, gestão de pessoas e de estoque e marketing digital. Este último, já teve três edições desde o início da pandemia.

Agricultura e comércio
Localizada a 75 km da capital, Lagarto acolhe mais de 106 mil habitantes, segundo projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É uma das mais antigas povoações do Estado, sendo a terceira vila criada na capitania sergipense. A colonização das terras de Lagarto aconteceu no século XVIII, após a chegada de um grupo de colonos, que criou fazendas de gado e engenhos. O nome do município se deve à existência de uma pedra em forma de lacertílio, encontrada às proximidades de um riacho; e o registro de um brasão com a marca de um lagarto, deixado por uma família de nobres portugueses.

As atividades econômicas com destaque, na atualidade, são o cultivo de tabaco e plantas cítricas; rebanhos bovinos, equinos, ovinos, suínos e os galináceos; e a indústria do tabaco, que movimenta a economia do município e é a maior empregadora da região.

“O grupo Maratá exporta seus produtos para vários países no mundo e hoje gera cerca de cinco mil empregos, dos quais quatro mil postos de trabalho são em Lagarto”, afirma Charles Bricio.

Especializado em tratamento oncológico, o Hospital do Amor, de Barretos, vai abrir uma filial na cidade sergipana, gerando mais empregos e renda para a região. A expectativa é que esteja em funcionamento daqui no máximo dois anos, para atender a pacientes do Norte e Nordeste. A cidade também tem recebido vários investimentos do governo federal, por meio da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e de seu hospital universitário.

“Todos estes investimentos dos últimos anos vem aquecendo cada dia mais o comércio de Lagarto, tornando-o muito forte e pujante”, diz o presidente da CDL Lagarto, que participa de negócio familiar no ramo de calçado e confecções, iniciado por seus pais há 27 anos. “Meus pais iniciaram o negócio, e desde o início se associaram à CDL. Temos participado das diretorias e desde 2014, eu estou presidente da entidade”.

A CDL Lagarto mantém o diálogo constante com a prefeitura, e atualmente, trabalha pela revitalização do centro da cidade e a realização do Natal Luz, campanha para incentivar os consumidores a comprar no comércio local no fim de ano.

“Tanto a modernização do centro da cidade quanto as campanhas em datas comemorativas são muito importantes para o aumento das vendas no comércio local”, acredita Charles Bricio.