Fala: “Vamos zerar o déficit primário em dois anos”
Ex-governador do estado de São Paulo e candidato pelo PSDB, Geraldo Alckmin esteve presente ao Diálogo Eleitor, promovido pela Unecs, acompanhado por sua vice, Ana […]
Ex-governador do estado de São Paulo e candidato pelo PSDB, Geraldo Alckmin esteve presente ao Diálogo Eleitor, promovido pela Unecs, acompanhado por sua vice, Ana Amélia. Alckmin iniciou sua fala manifestando a intenção de zerar o déficit primário logo nos dois primeiros anos do seu governo. Conforme destacou, o país passa pelo sexto ano seguido de déficit, “ou seja, a União não paga dívidas e também não investe”, explicou.
Alckmin foi taxativo ao defender a necessidade das reformas política, previdenciária, tributária e de Estado para firmar uma agenda de produtividade no país. “O Brasil é um país que ficou caro. Perdeu competitividade, perdeu investimento e caiu em participação no mercado exterior. Com as reformas, atrairemos os investimentos necessários”, declarou.
Ele destacou a importância do voto para ter a maioria no Congresso Nacional e realmente avançar nas reformas. “Uma coisa é intenção, outra é aprovação”, disse. Alckmin destacou que a necessidade de alteração da Constituição Federal pode dificultar um ritmo mais acelerado de mudanças. “A Constituição brasileira é pré-queda do Muro de Berlim. Então ela é detalhista. Se pegar a reforma da Previdência, só aumento de alíquota pode fazer por lei. Todo o restante é PEC [proposta de emenda à Constituição] que precisa de três quintos, 308 votos [dos parlamentares]”.
Como medida de combate ao desemprego, o candidato afirmou que irá estimular o setor de construção civil como forma de criar empregos em larga escala. Para ele, o Brasil precisa de obras em infraestrutura e saneamento básico para ajudar a diminuir o número de desempregados no País. “Precisamos de obra, infraestrutura, saneamento básico. O crescimento na construção civil cria uma barbaridade de empregos”, declarou.
Sobre a carga tributária, o ex-governador afirmou que é urgente destravar a economia e simplificar tudo. Ele acrescentou ainda que tem a intenção de reduzir o imposto de renda da pessoa física.
Outro tema abordado foi o da desburocratização do ambiente de negócios. O candidato se posicionou pela redução do Estado como forma de estimular empreendimentos. “O déficit de R$140 bilhões anuais será eliminado com a redução do gasto público”, observou.
Em seu programa de governo, Alckmin afirma que “o Brasil precisa voltar a crescer, para que os brasileiros possam empreender, trabalhar, inovar, prosperar e criar suas famílias e negócios com segurança. Entre as propostas está o estímulo a parcerias entre universidades, empresas e empreendedores para transformar a pesquisa, a ciência a tecnologia e o conhecimento aplicado, em vetores do aumento de produtividade e da competitividade do Brasil.
Alckmin também destaca “abrir a economia” e fazer com que o comércio exterior represente 50% do PIB, ponto considerado é vital para a retomada da agenda de competitividade do país. “A liderança do Brasil na agricultura será reforçada pela transformação do Plano Safra em um plano plurianual para dar previsibilidade às regras da política agrícola, pela garantia da paz e da segurança jurídica no campo e pela consolidação dos programas de seguro agrícola e rural”, destaca no seu programa.
O incentivo ao desenvolvimento da indústria 4.0, da economia criativa e da indústria do conhecimento se darão por meio do fomento ao empreendedorismo em áreas de inovação, da cultura e, especialmente, a agroindústria. Para as regiões Norte e Nordeste, o candidato afirma ter políticas específicas de desenvolvimento das potencialidades regionais, em áreas como energias renováveis, turismo, indústria, agricultura e economia criativa.