13 maio, 2025
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Internet das Coisas pode incrementar o varejo físico

Um dispositivo que monitora a temperatura e a previsão do tempo ajuda a definir quais produtos – de verão ou inverno – devem compor a […]

Um dispositivo que monitora a temperatura e a previsão do tempo ajuda a definir quais produtos – de verão ou inverno – devem compor a vitrine de uma loja de roupas femininas em Curitiba, na próxima semana.Em Salvador, um cliente entra na sua sapataria e passa mais tempo olhando um produto específico. A freguesa que passeia pelo shopping de Ribeirão Preto leva, em média, 5 minutos admirando sua vitrine.Daí, um robô analisa todas essas informações e mostra estatísticas do que chama mais atenção da clientela. Os dados podem te ajudar a melhorar a experiência de venda e alcançar mais sucesso.

Parece distante, mas é cada vez mais frequente, em lojas de todo o mundo, a prática de monitoramento de comportamento dos consumidores. Estes são apenas alguns dos exemplos de como a ‘internet das coisas’ está afetando o varejo. A conexão entre objetos cotidianos já é uma realidade e o crescente uso dos aplicativos móveis tem acelerado essa tendência em todas as etapas das vendas.

“O grande exercício é levar para o mundo digital tipos de informação que até então eram apenas analógicos. O poder desse fenômeno tende a ser avassalador”, explica Vicente Rezende, sócio da FX Retail Analytics, empresa que oferece inteligência para o varejo por meio do monitoramento de fluxo.

Para ele, diversos setores – da agricultura à indústria – vão ter ganhos exponenciais de eficiência graças a sensores e dispositivos conectados.

Sobretudo no varejo, a participação de componentes digitais e conectados já é uma realidade no e-commerce e tende a crescer no ambiente físico. “Enquanto o varejo físico é muito eficaz no controle de tudo que acontece desde o momento em que uma compra é feita – número de pedidos, margem, quantidade de estoque etc, boa parte da operação do e-commerce se beneficia do monitoramento a respeito do que acontece “antes” de tudo isso: número de visitas, taxa de rejeição, taxa de conversão, comportamento do tráfego e inclusive taxa de abandono do carrinho.”

Segundo o pai da administração moderna, Peter Drucker, “tudo o que pode ser medido, pode ser melhorado”, lembra o consultor Rezende. E sugere aos lojistas que busquem, cada vez mais, unir as métricas das vendas ao comportamento dos consumidores no estabelecimento físico por meio de sensores e dispositivos eletrônicos que vão gerar indicadores e sucesso de vendas para o varejo offline.

“Tudo isso já existe, está disponível por meio de um componente de IoT. Esse ainda será um movimento que tende a revolucionar muitos outros mercados. Será tão genuíno e eminente que daqui a pouco tempo já não seremos mais capazes de lembrar como era a nossa vida até então “desconectada”.