Os modelos de trabalho que estarão em alta em 2023

Com tantas novidades e tendências no mundo do trabalho, Isis Borge elencou os novos modelos de trabalho que são uma promessa para 2023. Confira e prepare-se!

O mundo não para de se transformar e evoluir, inclusive influenciando as relações de trabalho, entre outras coisas. Nos últimos três anos, a jornada de trabalho remota e híbrida se consolidaram, beneficiando profissionais e colaboradores de diversas companhias. “Diante disso, líderes e gestores devem ter olhar mais inovador, extraindo o melhor de cada funcionário”, comenta Isis Borge, diretora da Talenses, empresa de recrutamento.

Também vimos ganhar força o quiet quitting – desistência silenciosa – e o quiet firing – demissão silenciosa –. De acordo com o site Mega Jurídico, o termo quiet quitting é um movimento que parte do colaborador – sobretudo entre aqueles das gerações Z e Millenials – e tem diversos sentidos, como fazer o mínimo no ambiente de trabalho, empregando o mínimo esforço; e estabelecer limites para a cultura da “mão na massa”. Já o quiet firing é uma medida que parte das empresas e ocorre quando se cria um ambiente de trabalho insustentável que force o profissional a sair, segundo matéria do Diário do Comércio.

“Esse é um movimento de ruptura, um momento de oportunidade para reflexão, um ‘presta atenção’ para gestores e empresários. O grito silencioso dos jovens por uma transformação ainda mais radical do mindset, que procura viver para se dedicar a outras atividades além do trabalho, e assim cultivar uma boa saúde mental,” ela explica Fabiana Teixeira, especialista em Comunicação Empresarial, em conversa com o jornal.

Tendências para 2023
Com tantas novidades e tendências, Isis Borge elencou os novos modelos de trabalho que são uma promessa para 2023. Confira e prepare-se:

1. Jornada de quatro dias
A jornada de trabalho de quatro dias por semana já vem sendo testada na Europa. “Conversando com profissionais de lá, minha percepção é de que essa experiência está sendo positiva. Pessoas em cargo de liderança dizem perceber o aumento de produtividade e engajamento em seus times”, afirma a diretora da Talenses.

2. Expediente compartilhado
Algumas companhias estão testando jornadas de meio período, muitas vezes, com dois colaboradores se alternando no cargo para cumprir o expediente regular. “Esse tipo de escala sempre foi muito comum entre estagiários e agora essa flexibilidade vem sendo testada em posições mais sêniores. Esse modelo é muito útil, por exemplo, para mães que querem ou precisam estar mais próximas dos filhos sem deixar a carreira de lado”, ressalta Isis Borges.

3. Trabalho temporário em posições sêniores
As contratações temporárias para projetos e cargos de média e alta gestão têm atraído muito a atenção dos profissionais. São trabalhos com clara definição de início, término e objetivo. “O profissional pode aproveitar o período para ganhar experiência, fortalecer o networking, ampliar suas reservas financeiras e usufruir de uns dias ou meses para projetos ou compromissos pessoais”, avalia a especialista em recrutamento.

“É uma flexibilização nas relações de trabalho que pode ser benéfica para todos os lados: a empresa mantém no quadro os colaboradores fixos que realmente precisa, enquanto o colaborador especializado em algo entra para contribuir com sua expertise e é bem remunerado por isso”, acrescenta.

4. Quebra de barreiras geográficas
Atualmente as barreiras geográficas deixaram de existir, ou seja, o profissional não precisa se limitar a buscar uma ocupação profissional somente na cidade ou estado em que reside. Com a consolidação do trabalho à distância e acesso mais fácil a tecnologias, é possível atuar em empresas de qualquer lugar do mundo, sem precisar se mudar.