06 nov, 2025
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SPC Grafeno declara prontidão ao Banco Central e mira mercado de R$ 10 trilhões em duplicatas escriturais

Com cerca de 40% dos registros de duplicatas e 50% das CCBs, a SPC Grafeno – joint venture entre SPC Brasil e Grafeno Holding

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SPC Grafeno declara prontidão ao Banco Central e mira mercado de R$ 10 trilhões em duplicatas escriturais

A SPC Grafeno comunicou ao Banco Central do Brasil (BCB) sua prontidão técnica e operacional para participar da fase de testes homologatórios da duplicata escritural, uma das últimas etapas antes da autorização plena das infraestruturas de mercado que irão operar o novo sistema.
A companhia integra o grupo de entidades signatárias da Convenção da Duplicata Escritural, responsável pela elaboração conjunta do plano aprovado pelo BCB. Essa etapa servirá como base para a certificação das escrituradoras e deve ocorrer entre novembro de 2025 e o primeiro semestre de 2026, conforme cronograma do regulador.

“Na SPC Grafeno, transformamos os registros de ativos financeiros em verdadeiras alavancas de crescimento para as empresas através do crédito 100% digital — com escala, segurança e resiliência. Nosso papel não é apenas ser uma infraestrutura para registrar duplicatas e CCBs, mas através da inteligência aplicada a estes dados, liberar capital, reduzir custos e dar voz às empresas que mais precisam — as PMEs. Quanto mais crédito chegar, mais barato e mais forte será o crescimento da economia brasileira”, afirma Magno Lima, CEO da SPC Grafeno.

Com aproximadamente 40% dos registros de duplicatas e 50% das Cédulas de Crédito Bancário (CCBs) processados no país, transacionando até o momento em 2025 mais de R$ 250 bilhões em crédito concedido no país, a SPC Grafeno consolida-se como uma das principais Instituição Operadora de Sistema do Mercado Financeiro (IOSMFs) no segmento de registro e escrituração de ativos.

A empresa destaca que sua arquitetura 100% em nuvem, homologada para integração com bancos, fintechs e companhias emissoras, foi projetada para oferecer escalabilidade, governança e redução de custos operacionais, pilares essenciais para o funcionamento eficiente da duplicata escritural.
Além da infraestrutura tecnológica, a SPC Grafeno conta com integração direta à base de dados do SPC Brasil, o que amplia a qualidade e a granularidade das informações de crédito disponíveis para análise de risco. Essa combinação de dados e tecnologia permite que instituições financeiras e empresas tenham uma visão mais precisa sobre a cadeia de recebíveis, contribuindo para redução de inadimplência e spreads mais baixos.

“Nosso objetivo é apoiar o mercado na transição para o modelo escritural e garantir que os benefícios da digitalização se convertam em crédito mais barato e ágil para os empreendedores brasileiros”, completa Lima.

Contexto regulatório e impacto econômico

O novo modelo substitui as duplicatas cartulares, conferindo rastreabilidade e segurança jurídica às operações de antecipação de recebíveis. O BC planeja implementar a obrigatoriedade de forma escalonada à partir do segundo semestre de 2026, começando pelas grandes empresas e, posteriormente, alcançando médias e pequenas companhias.

De acordo com estimativas do setor e dados do BC, o mercado brasileiro de duplicatas e faturas movimenta cerca de R$ 10 trilhões por ano, dos quais menos de 15% são atualmente formalizados ou descontados. A digitalização integral, liderada pelas IOSMFs, pode liberar centenas de bilhões de reais em crédito para capital de giro, aumentando a produtividade e o investimento das PMEs.

Próximos passos da SPC Grafeno

A SPC Grafeno confirmou que já iniciou o processo de contratação da auditoria independente exigida pelo BCB, e que planeja realizar testes assistidos com clientes bancários e FIDCs a partir de janeiro de 2026. O objetivo é validar cenários de escrituração, liquidação e interoperabilidade entre infraestruturas, contribuindo para o aperfeiçoamento do ecossistema regulado.

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