Movimento Varejo

Como a estimativa de demandas pode ajudar nas vendas futuras?

Por Juan Jensen*

No mundo dos negócios, mais importante do que saber o que fazer no presente ou aprender com o passado é justamente a capacidade de adivinhar o que pode ocorrer no futuro. Sim, prever necessidades e se antecipar a elas é cada vez mais essencial em um cenário de aceleração digital e intensa competitividade nos mais variados setores.

A questão é que é preciso muito mais do que bolas de cristal para conseguir decifrar o que vem pela frente em relação às vendas da empresa. Na verdade, mais do que lendas, é necessário apostar na análise inteligente de dados para conseguir estimar demandas.

Ainda tem dúvida de como isso pode ser útil? Veja cinco situações que são capazes de potencializar o desempenho comercial:

1 – Decisões técnicas sem “achismo”
Um dos grandes problemas das empresas brasileiras atualmente ainda é o “achismo”, isto é, as decisões tomadas apenas pelo feeling do gestor de acordo unicamente com sua visão de mundo e suas percepções pessoais. Não há mais espaço para essa prática no ambiente corporativo. Qualquer medida a ser tomada precisa ter um embasamento analítico que a justifique para evitar problemas – e prejuízos – futuros. Em suma: é necessário antecipar esse movimento com a análise e o cruzamento de diversas informações.

2 – Capacitação da equipe comercial
Imagina uma loja que conseguisse identificar o padrão de vendas para os próximos cinco anos, e assim, pudesse capacitar seu time de vendedores para atender essa necessidade específica. É exatamente essa a proposta da estimativa de demandas dentro da estrutura corporativa. A partir do processamento de dados, seu monitoramento e definição de modelos preditivos, é possível traçar um caminho esperado para as vendas, e com isso, treinar seus colaboradores para atender esse objetivo.

3 – Visão completa sobre o passado, presente e futuro da empresa
A estimativa de demanda só funciona quando a organização possui uma base estruturada para trabalhar com dados de diferentes fontes e origens, seja captado internamente ou externamente de acordo com boas práticas de compliance. Isto é, para conseguir prever o futuro é preciso ter uma visão clara dos indicadores do passado e do presente da companhia. Somente assim é possível criar os modelos preditivos e identificar padrões que condizem realmente com a real capacidade da empresa.

4 – Planejamento detalhado
Independente da área ou do setor de atuação, qualquer planejamento precisa ser o mais detalhado possível. Quanto mais informações tiver, mais completo o documento fica – e consequentemente melhores ações serão tomadas a partir dele. A lógica é bem simples: se a empresa tem uma visão clara daquilo que provavelmente pode acontecer nos próximos cinco anos a partir de insights e análises, basta adotar as melhores estratégias para se antecipar a esse cenário.

5 – Identificação de pontos de melhoria
Por fim, é preciso reconhecer o óbvio: estimar demandas não significa acertar 100% todos os detalhes que irão acontecer no futuro. Os modelos preditivos devem atingir grande parte de suas projeções, mas é justamente a análise constante dos dados que permite às empresas realizarem os ajustes necessários quando algo não sair como o planejado. Prever o futuro não vai proporcionar bons resultados o tempo todo, mas sim oferecer os recursos necessários para que, no fim, todos alcancem seus objetivos esperados.

*Juan Jensen é chairman da 4intelligence, startup especializada em soluções que apoiam a tomada de decisão por meio da análise de dados.

Relacionadas
Movimento Varejo

Marmita em alta: 80 mil negócios abertos em 2022

Levantamento feito pelo Sebrae aponta que o segmento do ramo de alimentação se mantém como oportunidade de negócio entre os pequenos empreendimentos
Movimento Varejo

Saiba como usar as avaliações dos consumidores na internet para vender mais

Empresária teve aumento no faturamento após ganhar cinco estrelas nas avaliações dos clientes.
Movimento Varejo

O que as empresas de varejo no Brasil ainda podem aprender com os EUA

Por mais que haja grandes diferenças entre mercados, há duas lições fundamentais que o varejo brasileiro deve aprender com os EUA

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.