13 out, 2025
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Entenda como startups em “estágio semente” podem obter sucesso

Itali Collini descreve três etapas fundamentais para quem vai participar das chamadas rodadas seed

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Entenda como startups em “estágio semente” podem obter sucesso

O primeiro estágio de crescimento das startups é o de ideação, quando a empresa nascente está desenvolvendo seu produto e busca um ajuste. Em outras palavras, ela procura encaixar o problema que identificou como oportunidade numa solução inovadora. O capital semente (seed capital, como é conhecido internacionalmente) é um dos componentes dessa fase inicial e significa que algum investidor anjo (patrocinador potencial do projeto) pode fazer um aporte por acreditar na ideia.

Embora inicial, essa operação tem método e pode ser bem-sucedida se seguir regras básicas. Essa é a avalição da investidora Itali Collini, da Potência Ventures. Economista pela USP, ela tem experiência em selecionar startups para rodadas semente, e criou um guia, publicado no site Capital Reset, para orientar os empreendedores.

Passo a passo do “estágio semente”

De acordo com Itali, a jornada deve começar com o planejamento a longo prazo para a captação e uso do capital, em períodos que podem durar mais de seis meses. Com isso, os criadores de startups devem estar atentos ao fato de que precisam equilibrar suas atividades de desenvolvimento da solução com as rodadas de captação. A jornada deve ser alinhada ao tamanho da rodada e, se for preciso, estendida.

Depois de ser bem-sucedida na primeira rodada, a startup precisa se preparar para atingir o breakeven (ponto de equilíbrio) sem participar de rodadas adicionais para captação de investimentos. A especialista destacou que as estatísticas de mercado indicam que apenas uma entre dez startups evolui da fase de semente para a chamada série A, que é a próxima etapa de desenvolvimento, motivo pelo qual os empreendedores precisam ajustar seus custos e rentabilizar as operações para avançarem, independente de ter ou não mais aportes.

A dica final de Itali é um ajuste ainda maior, aproveitando a experiência acumulada a favor do projeto. Se a solução proposta mostrar que não tem aderência, o conselho é “pivotar”, ou seja, mudar a essência da solução, fazendo isso de forma planejada. Por outro lado, se o projeto estiver sendo bem aceito no mercado, é hora de ver as captações adicionais como impulso para expansão e melhoria do produto.

Adicionalmente, ela lembra de um ingrediente necessário a qualquer startup: resiliência. No caso de empreendimentos focados em impacto ambiental e social, os desafios são ainda maiores e a estratégia é focar no longo prazo e buscar investidores que estejam alinhados à pauta sócio-ambiental.

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