O governo elevou a projeção de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano de 3,2% para 3,5%, acompanhando o maior otimismo do mercado sobre a atividade no país e no mundo após a retração gerada pela pandemia em 2020.
O número foi divulgado ontem pelo Ministério da Economia e atualiza a projeção anterior, que não era alterada desde maio do ano passado.
A pasta destaca que o setor de serviços, o principal da economia brasileira, tem apresentado recuperação em 2021 com um nível mais próximo ao pré-crise e que as projeções estão sendo elevadas também em outros países em meio ao avanço da vacinação contra a covid-19.
“Os bons resultados da atividade brasileira no começo deste ano, quando comparados às expectativas iniciais de mercado, indicam que a economia manteve a tendência de crescimento, apesar do fim do auxílio emergencial [retomado em abril com valores mais baixos]”, diz a pasta em boletim sobre o tema.
Os indicadores reunidos pelo ministério mostram, no entanto, um desempenho misto. Apesar do reaquecimento em indústria e serviços no começo do ano, houve arrefecimento em março e abril com o recrudescimento da pandemia.
Dados mais recentes, de abril (contra março), apontam maior confiança de consumidores e empresários no comércio e nos serviços – mas menor no caso da indústria e da construção civil.
Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica, afirma que a previsão do PIB é conservadora, pois analistas do mercado apostam em crescimentos maiores e defendeu que amelhora está relacionada à agenda de reformas. “Qual nossa leitura? É que insistir na agenda pró-reformas e de mercado é o caminho”, afirma.
Sachsida afirmou que a vacinação é fundamental para aumentar o índice de ocupação da população e recuperar a atividade. “Hoje, amelhor política econômica é a vacinação em massa. Precisamos vacinar rapidamente a população para garantir o retorno rápido ao trabalho”, disse.
Países que vacinam mais rápido estão tendo elevações mais fortes nas estimativas para o PIB, indica levantamento do ministério.
Fonte: Jornal de Brasília