De sacoleira a empregadora, a empreendedora Elisângela Oliveira conta como o Sistema CNDL a ajudou a virar a chave e transformar a sua história
“O Sistema CNDL nos representa e nos fortalece diminuindo burocracias, reduzindo taxas tributárias e melhorando todo o processo junto ao cliente”, afirma a empreendedora Elisângela Oliveira sobre o apoio oferecido pelas entidades que compõem o Sistema CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) para enfrentar os desafios do empreendedorismo.
Mais conhecida como Djan, a empresária possui uma loja chamada Djan Modas, localizada no bairro Feu Rosa – local que possui uma história de muita luta –, em Serra (ES). Mulher negra, independente, ativa e de muita garra, começou sua história como sacoleira. Hoje, tem sete funcionários e uma estrutura bem estabelecida.
“Quando vi que o que estava fazendo era pouco, quando vi que podia fazer mais, ter o meu próprio negócio e que isso me daria um maior rendimento, resolvi começar a empreender. Quis expandir os meus conhecimentos, ser dona do meu tempo e do meu dinheiro”, lembra Djan, que é associada e integra o Núcleo de Dirigentes Lojistas (NDL) de Feu Rosa, ligado à Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Serra.
Em sua loja, é possível encontrar roupas, calçados e acessórios. “Optei pelo setor da moda porque nele ser mulher é uma vantagem”, justifica a empreendedora, que apostou em um ramo forte.
Maior segmento quando se trata de B2C (Business to Consumer), o setor da moda é um dos setores que mais cresceram durante a pandemia, com média de 11,4% ao ano. As informações são da publicação Valor Investe.

Muitas responsabilidades
Para a empresária, a chave para um negócio de sucesso é a perseverança. “Também é preciso disciplina, buscar sempre estar atualizado e dentro do mercado e sempre com vontade de vencer”, destaca.
Elisângela Oliveira acredita ainda que, hoje, a principal dificuldade encontrada pelas mulheres empreendedoras é o acúmulo de responsabilidades e a dificuldade de administrar o tempo para resolver todas as tarefas, seja no empreendimento, seja fora dele.
“A demanda é grande e ainda há as responsabilidades extras. Administrar o tempo é o maior desafio que as mulheres empreendedoras enfrentam”, considera.
Confirma a opinião de Djan a pesquisa “Mulheres Empreendedoras”, realizada com mulheres proprietárias de empresas dos setores de comércio varejista e serviços em todas as capitais do país. Segundo o estudo, atualmente, 73% das mulheres empreendedoras trabalham por conta própria, sem a colaboração de funcionários, e atuam 8,3 horas por dia, em média. Quase metade (47%) trabalham de casa e 55% das mulheres casadas ou em união estável cuidam sozinhas das tarefas domésticas.
No que tange às empresárias mães (73%), a maior parte ainda tem filhos pequenos em casa, entre 0 e 11 anos (31%) ou adolescentes de 12 a 17 anos (19%). Metade (50%) das que já são mães cuidam a maior parte do tempo sozinhas dos filhos quando eles estão em casa, principalmente empresárias que não possuem formalização (55%) e das classes C/D/E (53%).
A mulher que empreende também é a grande responsável pelo sustento do lar em que vivem: 65% são as principais responsáveis pelo pagamento das contas do lar.
O levantamento foi produzido pela CNDL e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), e divulgado no Dia Internacional da Mulher de 2022.
*Com a colaboração da equipe da CDL Serra.