16 maio, 2025
0 ° C

Perfil: Antônio Davi Gouveia

Antônio Davi Gouveia tem uma trajetória incomum no universo do varejo. Não é de família ligada ao comércio e levou muitos anos para dar início […]

Antônio Davi Gouveia tem uma trajetória incomum no universo do varejo. Não é de família ligada ao comércio e levou muitos anos para dar início à vida empresarial. Natural de Goiânia, cursou Jornalismo, tendo traçado uma carreira bastante sólida em uma emissora de prestígio. Somente depois de 20 anos como profissional da comunicação, resolveu se enveredar pelo comércio, no ramo de cinefoto.

Entrou para o associativismo quase ao mesmo tempo que se firmava como comerciante. No Sistema CNDL, fez uma carreira meteórica. Foi diretor de Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), presidente de entidade e, finalmente, presidente de Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL). Hoje, participa da diretoria da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e é umas das lideranças mais importantes do Centro-Oeste.

A revisa Varejo s.a. trocou uma palavrinha com ele. Confira!

Você tinha uma carreira sólida em empresas de comunicação. Como se tornou empresário?

De fato, trabalhei muitos anos no Grupo Jaime Câmara, no qual passei 20 anos da minha vida. Certa vez, em uma viagem de férias, conheci um equipamento que fazia revelação de fotos em apenas uma hora. Era 1992 e aquilo era uma novidade tremenda, principalmente no interior de Goiás. Achei que seria uma oportunidade explorar esse segmento na cidade onde eu estava morando, Guripi, em Tocantins.

E a relação com o movimento associativista?

Deu-se por conta do meu trabalho em uma emissora de TV, onde eu era gerente comercial. Meu trabalho era falar com comerciantes e empresários para tratar de anúncios e comerciais. Quando inaugurei o meu cinefoto, já tinha feito um grande círculo de amizades no comércio. Muitos deles eram associativistas e me convidaram para participar da Associação Comercial.

Como você entrou no Sistema CNDL?

Em 1995, recebi o convite para trabalhar na área de comunicação do governo de Tocantins. Foi quando me transferi para Palmas, a capital do estado. Aproveitei e abri outra loja de cinefoto. Um ano após assumir o cargo de secretário de Comunicação de Tocantins, pedi exoneração e passei a me dedicar somente ao comércio. Anos depois, em 2012, fui convidado a compor uma chapa nas eleições para a CDL local. Vencemos a eleição e me tornei vice-presidente da entidade.

Logo depois você se tornou presidente.

Sim. O presidente da entidade teve que renunciar por motivos pessoais e eu, como vice, assumi o cargo.

Qual foi a maior contribuição da sua gestão para o comércio?

Sem dúvida nenhuma, foi a qualificação da mão de obra do comércio. Palmas é uma cidade isolada, pequena e os comerciantes não tinham o cuidado necessário com o treinamento de suas equipes. O resultado era um atendimento pouco profissional. Para resolver o problema, fizemos um convênio com o Sebrae [Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas], que nos ajudou a promover e realizar uma série de palestras sobre qualificação.

Hoje, você é presidente da FCDL de Tocantins. Como se dá o seu trabalho?

Temos mais uma função de coordenação das CDLs do estado. É algo diferente da CDL, que trabalha mais perto dos lojistas, mas também uma função importante, na medida em que mobilizamos e mantemos a unidade do sistema no estado.

Você também é membro da diretoria da CNDL. Qual é a importância dessa entidade?

A CNDL é fundamental para dar voz ao setor varejista junto às autoridades da República e nas tratativas entre as instituições. Ela também é responsável pelas ações que ecoam em cada CDL do Brasil. Um exemplo foi a criação do Políticas Públicas 4.0, um programa que qualifica as lideranças varejistas de todo o Brasil para serem atores no processo decisório de cada município brasileiro.