Vale do Silício: colaboração e inovação para crescer
Grande delegação da CNDL e do SPC Brasil foi ao Vale do Silício beber da fonte de criatividade que domina os negócios baseados em tecnologia […]
Grande delegação da CNDL e do SPC Brasil foi ao Vale do Silício beber da fonte de criatividade que domina os negócios baseados em tecnologia
No fim de abril, um grupo de 40 diretores e empresários do Sistema CNDL percorreu o Vale do Silício em busca de experiências modernas de colaboração, que têm dominado os novos modelos de negócios, baseados na economia disruptiva. A ação, organizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), teve como objetivo capacitar e apresentar as melhores práticas, novas metodologias, tendências e cases de sucesso de inovação em grandes empresas e instituições norte-americanas, além de proporcionar networking estratégico com tomadores de decisões do setor.
O Vale do Silício, localizado na baía de São Francisco, na Califórnia, é o maior polo tecnológico do mundo, lar de empresas como Apple, Google, Facebook, Microsoft, entre outras. Começou a se desenvolver na década de 1950 e engloba diversas cidades, sendo seu nome uma homenagem ao silício, elemento químico que serve de matéria-prima na produção de circuitos e chips eletrônicos.
Processos criativos baseados na colaboração de ideias e na simplificação de soluções com base tecnológica dão o tom das experiências visitadas. Não pense que os grandes executivos, na Califórnia, desfilam engravatados, exibindo um status dos antigos padrões do que é ser bem-sucedido. Lá, roupas simples, confortáveis e adaptadas ao clima, bicicletas, transporte público e qualidade de vida são os sinais de sucesso dos líderes. Bem-estar, tempo para apreciar a vida e respeito às liberdades individuais são sinônimos de sucesso.
Parte da missão teve a liderança de Maurício Benvenutti, diretor executivo do StartSe nos Estados Unidos e autor do best-seller Incansáveis: como empreendedores de garagem engolem tradicionais corporações e criam oportunidades transformadoras. O título do livro refere-se à garagem da Hewlett & Packard (HP), que deu origem à grande empresa multinacional. O local também esteve no roteiro da visita.
Valores que se renovam
Em certa medida, os valores do Vale do Silício lembram a origem da própria Rede CDL. Nos antigos clubes de dirigentes lojistas, os comerciantes organizavam-se e colaboravam entre si para se proteger dos maus pagadores. Conforme as cidades brasileiras cresceram e o comércio diversificou-se, aumentaram a complexidade e a necessidade de proteção ao crédito, em diferentes cidades. Fruto dessa colaboração e resultado do que existia de mais moderno nos computadores da época, surgiu o banco de dados do SPC Brasil, que, desde o início, precisou associar-se a uma das gigantes do Vale do Silício, a Oracle, corresponsável pela criação desse que é um dos maiores bancos de dados da América Latina. Na década de 1990, essa multinacional especializada em sistemas para hardwares e comercialização de softwares ajudou a criar o instrumento que fez do SPC Brasil uma grande rede com produtos a serviço da rede de dirigentes lojistas em todo o Brasil, segundo Ronaldo Guimarães, gerente nacional de Negócios da instituição. A delegação brasileira do Sistema CNDL foi recebida pelo vice-presidente da Oracle.
As visitas técnicas incluíram passagens pela Oracle, IBM, Universidade de Stanford e muitas outras empresas e polos de criação. Acompanhe a agenda de algumas delas:
Singularity University: referência mundial em inovação, é um centro de pesquisa localizado na base da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA). A instituição busca agentes inovadores do mundo inteiro inspirados em mudar processos em escala global, que recebem bolsa de estudos para promover projetos de inovação que se ampliam em larga escala. A delegação foi recebida pela professora Kathryn Myronuk.
VMWare: a mistura entre virtual machine e software deu nome a essa empresa subsidiária da Dell especializada em servidores na nuvem e mobilidade corporativa. Possui mais de 500 mil clientes e 75 mil parceiros no mundo inteiro, com faturamento superior a US$ 5 bilhões por ano.
Oracle: a multinacional e atual dona do Java é especializada em sistemas de gerenciamento de banco de dados e foi uma das empresas contratadas para a criação do banco de dados do SPC Brasil.
Plug and Play Tech Center: considerada a maior aceleradora do mundo, a empresa é um espaço colaborativo que serve de abrigo para parceiros de diversos países e mercados, como software, petróleo etc. Nela, está localizada a Beam, pioneira na disrupção do varejo.
Flex: um a cada quatro produtos que consumimos diariamente passou pela Flex, empresa que desenvolve inteligência para conectar o mundo. São 200 mil profissionais, em 30 países, que inovam em engenharia e design para diversas indústrias e desenvolvem até veículos da NASA para expedições em Marte. A delegação conheceu de perto robôs, impressoras 3D e protótipos que só chegarão ao mercado no futuro.
Beam Technologies: a disrupção chegou ao varejo e a Beam é uma vitrine de como esse modelo econômico afeta o segmento do comércio, incluindo a interação entre robôs – responsáveis pelo atendimento, abertura de loja, controle de estoque, controle de caixa e logística do estabelecimento. A empresa lança tendências em todo o setor varejista no mundo.