09 fev, 2025
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A estratégia da Temu, concorrente da Shein, para ganhar mercado nos EUA

Temu já vende duas vezes mais do que Shein no país; empresa é apoiada pelo grupo de e-commerce chinês PDD Holdings.

A transformação da Temu ao longo do último ano nos Estados Unidos é a história dos sonhos de qualquer empresário. Praticamente desconhecida quando foi lançada no país em setembro passado, ela agora superou de vez a gigante do setor, Shein, no mercado de comércio eletrônico ultrarrápido do país.

As vendas na plataforma, apoiada pelo gigante chinês PDD Holdings, superaram as da Shein em maio nos EUA, quando ultrapassou sua concorrente em cerca de 20%, de acordo com a Bloomberg Second Measure, que analisa transações com cartões de crédito e débito dos consumidores.

Os dados mostram que a Temu estendeu essa liderança a cada mês desde então e, em setembro, registrou mais do que o dobro das vendas da Shein no país.

Com a Temu, a PDD replica a fórmula de preços baixos e uma presença vibrante nas redes sociais que tornou o Pinduoduo um dos maiores plataformas de comércio eletrônico na China.

Ainda há espaço para que a Temu e a Shein cresçam, considerando que a penetração entre os operadores de comércio eletrônico chineses globalmente permanece baixa, disse Lingyi Zhao, a analista-chefe de Varejo e Comércio Eletrônico da SWS Research.

Mas, após um ano fenomenal, o caminho não será tranquilo para a Temu. A preocupação com a qualidade do produto surgirá a longo prazo, mesmo que a Temu tenha conseguido conquistar consumidores em nações desenvolvidas afetadas pela inflação desenfreada, disse Zhao. A empresa também navega por paisagens legais e políticas drasticamente diferentes à medida que se expande para mais países.

A Temu tinha a Shein em seu radar desde o início. No início deste ano, ela estabeleceu uma meta explícita para seu negócio na América do Norte, de relatar pelo menos um dia de valor bruto de mercadoria que supere o da Shein no início de setembro, uma meta que ela superou.

A empresa também foi um dos principais aplicativos baixados a loja da Apple no iOS nos EUA na maior parte deste ano, uma história de sucesso rara para uma empresa de tecnologia chinesa nesse mercado.

A intensificação da competição coincide com a mudança da Shein para vender produtos que não são de sua própria marca, embora o chefe global de relações públicas, Leonard Lin, tenha dito em junho que a mudança não reflete o que outras plataformas estão fazendo. A Shein sempre se concentrará no que pode oferecer às jovens compradoras que são seu público principal.

No topo dessa lista está a moda, onde a dominação da Shein há anos continua. É comum ver um fabricante receber um pedido anual de US$ 50 milhões da Shein, enquanto aqueles que trabalham com a Temu normalmente conseguem assegurar nada acima de US$ 15 milhões, afirmou um veterano da cadeia de suprimentos de vestuário baseado em Guangzhou, que ajuda ambas as empresas a recrutar fornecedores.

A Shein também adquiriu uma participação na operadora da varejista de moda rápida Forever 21 em agosto para expandir suas ofertas online e estabelecer uma presença física nos EUA.

Leia a matéria completa da Bloomberg News.