16 jul, 2025
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CNDL celebra Dia da Mulher Empresária em evento do BB

A CNDL foi representada pelas coordenadoras de RIG (Relações Institucionais e Governamentais), Karoline Lima, e de Finanças, Merula Borges, no painel ‘A Mulher e os Desafios de Empreender’. No bate-papo, as especialistas apresentaram para as convidadas as iniciativas do projeto Mulheres que Constroem o Varejo, criado pela Confederação no ano passado.

Merula Borges falou sobre a importância da formalização para o negócio ter acesso a crédito

Nesta quinta-feira (17/8), foi comemorado pela primeira vez o Dia Nacional da Mulher Empresária, e o time de mulheres da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) participou e colaborou com evento realizado pelo Banco do Brasil (BB) em razão da data. O Papo Mulher Empresária, ação do projeto Mulheres no Topo, ocorreu no auditório do Edifício Sede 1 do BB, em Brasília (DF), e contou com a presença de especialistas em empreendedorismo feminino, gestão de negócios, crédito, entre outros; representantes dos setores produtivos; lideranças femininas; e empreendedoras.

A CNDL foi representada pelas coordenadoras de RIG (Relações Institucionais e Governamentais), Karoline Lima, e de Finanças, Merula Borges, no painel ‘A Mulher e os Desafios de Empreender’. A vice-coordenadora da CDL Jovem Nacional (Câmara de Dirigentes Lojistas Jovem), Lúcia Fassarella, também participou da ação.

No bate-papo, as especialistas apresentaram para as convidadas as iniciativas do projeto Mulheres que Constroem o Varejo, criado pela Confederação no ano passado. “O Sistema CNDL tem mais de meio milhão de empresas associadas, e muitas lideradas por mulheres. O nosso desafio é também apoiar essas empresárias em sua jornada empreendedora”, afirmou Karoline Lima.

As profissionais também detalharam os dados da Pesquisa Mulheres Empreendedoras, realizada em 2022 pela CNDL e o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), em parceria com o Sebrae, a fim de compreender o perfil das empresárias brasileiras do setor de Comércio e Serviços.

“Boa parte das mulheres empreendedoras ainda são informais, e isso é um problema. Nenhuma grande empresa chegou onde chegou sem investimento de terceiros, ou seja, sem acesso a crédito, e para isso é preciso estar formalizada. Por isso, é tão importante reverter este quadro”, disse Merula Borges.

Segundo o levantamento, 61% das mulheres empreendendo atuam informalmente. Confira a pesquisa completa, clicando aqui.

Karoline Lima falou do compromisso do Sistema CNDL com o empreendedorismo feminino

Mulheres no topo
Luciana Barbosa, gerente-executiva de MPEs do BB, falou que o banco trabalha para fortalecer as MPEs (micro e pequenas empresas), que hoje respondem por 30% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. A meta é que representem 50% da produtividade do país, o que também passa por incentivar e investir no empreendedorismo feminino. Para isso, tem linhas de crédito e projetos especiais para este grupo de empreendedores.

Só em 2023, o Banco do Brasil concedeu R$ 48 bilhões em crédito para as MPEs. Desse montante, R$ 17 bilhões foram para negócios liderados por mulheres, beneficiando mais de 65 mil empresas. Apenas por meio do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), o banco liberou R$ 1,4 bilhões em empresas chefiadas por mulheres.

A instituição financeira também tem investido em qualificações e ferramentas gratuitas para auxiliar as brasileiras na jornada empreendedora, e inclusive, para alçar voos internacionais, com o ‘Programa 1ª Exportação’. Segundo a equipe do BB, só este ano, a ideia é capacitar pelo menos cinco mil empresários para internacionalizarem o seu negócio. Especificamente para as empresárias, o banco desenvolveu a plataforma Mulheres no Topo, onde as empreendedoras podem conferir soluções financeiras e linhas de crédito exclusivas e ter acesso a cursos e capacitações e eventos e ações para elas. Tudo isso sem qualquer custo.

Karoline Lima (E), da CNDL; Paloma Soares, da CDL DF; Lúcia Fassarella, da CDL Jovem; e Merula Borges, da CNDL

Cultura que impede o empreendedorismo feminino
Renata Malheiros, coordenadora nacional do projeto Sebrae Delas, discutiu sobre as mudanças culturais necessárias para que as mulheres possam, de fato, empreender. De acordo com a analista do Sebrae Nacional, que também especialista em questões de gênero, apesar de as mulheres terem mais e melhores qualificações, suas empresas são “14% menos lucrativas que as lideradas por homens em qualquer setor”. Isso se deve, em grande medida, as obrigações domésticas e de família, que na maioria das vezes é assumida exclusivamente pelas mulheres, inclusive as empresárias que se veem sem tempo suficiente para se dedicarem aos seus empreendimentos.

“As mulheres não estão com problema na parte técnica. Precisam desenvolver as competências socioemocionais, que colocam desafios adicionais para as empreendedoras. Então, recorrer a mentorias e a rede de empresárias é uma boa forma de desenvolver essas competências, especialmente, autoconfiança, e encontrar parceiras comerciais”, ensinou Renata Malheiros.