26 mar, 2025
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Stone: vendas no varejo cresceram 1,02% em janeiro

Em janeiro de 2023, as vendas cresceram 1,02%, quando comparadas ao mesmo período do ano anterior. O resultado deve-se aos setores de bens de consumo.

Após dois meses de queda – novembro, – 1,84%; e dezembro, – 1,02% –, em janeiro de 2023, as vendas cresceram 1,02%, quando comparadas ao mesmo período do ano anterior. O resultado deve-se aos setores de bens de consumo. A informação é do Índice de Atividade Econômica Stone Varejo, realizado pela Stone – companhia de soluções financeiras – em parceria com o Instituto Propague.

Quando avaliado o desempenho dos sete segmentos analisados, cinco apresentaram boa performance no mês passado, principalmente, o de livros, jornais e papelaria (16,51%); tecidos, vestuário e calçados (10,36%); e móveis e eletrodomésticos (5,6%). Artigos farmacêuticos (- 10,43%) e hipermercados e supermercados (- 4,86%) apresentaram quedas.

Agora, quando excluídos os segmentos de material de construção, combustíveis e veículos e peças, o chamado Índice Restrito, o crescimento é de 3,34% no volume de vendas em comparação a janeiro de 2022 – superior a dezembro e novembro, que registraram crescimento de 1,46% e 1,45%, respectivamente, em relação aos mesmos meses de 2021. Essa melhora também é percebida na análise mês a mês: em janeiro houve um crescimento de 1,24% em relação a dezembro de 2022, sendo que o crescimento de dezembro em relação a novembro havia sido de 0,97% e o de novembro em relação a outubro, de 0,78%. Essa evolução confirma um janeiro com melhora na atividade econômica do varejo.

Setores que mais venderam
O setor de tecidos, vestuário e calçados ajudou não só a puxar o resultado do início do ano como também fez isso após a forte tendência de queda que vinha apresentando – – 5,14% em dezembro/22 e de – 2,87% em novembro/22, se comparado ao mesmo período de 2021. A comparação mês a mês também mostra um movimento de forte crescimento na atividade econômica do setor, com um aumento de 7,86% na atividade de janeiro em relação a dezembro, após aumento de apenas 0,94% em dezembro e um novembro com queda de 2,83%.

O setor de material de construção registrou alta no volume de vendas de 3,50% em janeiro/23, após queda de 3,9% e 1,98% em novembro e dezembro de 2022, respectivamente, ambas em relação aos mesmos meses do ano anterior. Na análise mês a mês, houve aumento de 1,48% em dezembro do ano passado e de 3,9% em janeiro deste ano.

O segmento de móveis e eletrodomésticos também contribuiu para o resultado positivo de janeiro, apresentando crescimento de 5,6% em 2023 frente ao mesmo mês de 2022, resultado ainda melhor que os já identificados em dezembro (4,83%) e novembro (0,88%). No entanto, a variação mensal mostrou uma queda de 1,53% em janeiro com relação ao mês anterior, que teve bom desempenho: alta de 6,32 entre novembro e dezembro.

Estados que mais venderam
A maioria dos estados (18 de 27) registrou um início de 2023 positivo, cujos destaques, quando comparados a janeiro do ano passado, foram Espírito Santo (12,02%), Pará (9,03%), Paraíba (8,19%), Minas Gerais (6,77%), Santa Catarina (5,86%), Paraná (5,59%), Piauí (4,73%) e Bahia (4,55%).

Já os estados que apresentaram queda foram Rio Grande do Norte (4,73%), Rio Grande do Sul (3,19%), Sergipe (1,31%) e Rio de Janeiro (0,76%), além do Distrito Federal (4,16%).

Índice
Baseado na Consumer Finance do FED (Federal Reserve Board), dos Estados Unidos, o índice tem periodicidade mensal e, inicialmente, cobre sete segmentos, com abrangência nacional. Também possui recortes dos 26 estados e do Distrito Federal. Segundo o presidente da Stone, Augusto Lins, o novo índice econômico é um instrumento útil para a sociedade em geral.

“O nosso propósito é compartilhar essas análises de forma ampla para que mais pessoas possam acessar e estudar o cenário nacional do varejo, sem contar no suporte aos empreendedores na tomada de decisões que colaborem com o crescimento de seus negócios”, afirma Augusto Lins.

“Criamos um relatório que vai ajudar a entender o varejo nacional, com os movimentos setoriais e as oscilações de mercado”, explica Matheus Calvelli, o pesquisador econômico e cientista de dados da Stone responsável pelo levantamento.