Bill Gates: As 7 grandes mudanças provocadas pela pandemia
Na semana passada, Bill Gates, o fundador da Microsoft, estreou seu podcast. Ao lado da atriz e ativista Rashida Jones, o empresário dedica seu conhecimento para […]
Na semana passada, Bill Gates, o fundador da Microsoft, estreou seu podcast. Ao lado da atriz e ativista Rashida Jones, o empresário dedica seu conhecimento para discussões urgentes e debater as grandes questões da humanidade. Nada mais natural, portanto, que começar falando da pandemia do novo Copronavírus.
Ele, que há cinco anos, já havia previsto um cenário como o que estamos vivendo, previu que quase todas as vacinas que estão sendo produzidas para imunizar a população contra o novo coronavírus estarão disponíveis para serem aplicadas em fevereiro. Por outro lado, também disse que a humanidade enfrentará uma nova pandemia num futuro próximo, mas que seu impacto será “menos destrutivo” do que a disseminação do coronavírus.
A Revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios reuniu as sete previsões do bilionário para o mundo no pos pandemia. Pode anotar, porque ele costuma acerta.
- Reuniões remotas serão normalizadas
Antes da pandemia, elas eram raras, e podiam até ser consideradas um descaso com os clientes. Agora, se tornarão rotina. “Assim como a Segunda Guerra Mundial trouxe as mulheres para a força de trabalho e muitas delas permaneceram, essa ideia de se perguntar ‘Eu preciso ir para lá fisicamente?’ deve permanecer”, diz ele. - Os softwares terão melhorias significativas
Não só a ideia de uma reunião à distância parecerá mais natural, mas Gates também prevê que as ferramentas para fazer isso logo serão muito melhores do que as que usamos agora. “O software era meio desajeitado quando tudo isso começou, mas agora as pessoas estão usando tanto que ficarão surpresas com a rapidez com que inovaremos”, prevê. - As empresas poderão compartilhar um escritório
Com a maior adesão ao trabalho remoto, as empresas precisarão menos dos escritórios. E isso poderá impactar diversas decisões, inclusive imobiliárias. “Acho que as pessoas vão menos para o escritório. Você pode até mesmo dividir os espaços com uma empresa em que os funcionários usem em dias ou horários diferentes”, sugere. - Escolheremos morar em lugares diferentes
O trabalho remoto também deve remodelar as comunidades, na visão de Gates. Os centros da cidade serão menos importantes, e até os designs das casas podem ser repensados. “Em cidades como Seattle e São Francisco, mesmo para quem é bem pago, o aluguel custa um absurdo”, ressalta. Sem a âncora de um escritório que você precisa visitar todos os dias, ficar em lugares tão caros torna-se menos atraente, e uma casa maior em uma comunidade menor e com menos tráfego pode ser mais atrativo. - Você socializará menos no trabalho e mais na sua comunidade
Outro efeito indireto do trabalho remoto apontado por Gates é a forma como trabalhamos e as pessoas com quem socializamos. Você pode gastar menos de suas energias sociais no trabalho, ele prevê, e mais com seus entes queridos em sua comunidade local, à noite ou aos finais de semana. - As coisas não vão voltar totalmente ao normal por muito tempo
Se essa última previsão parece atraente, a próxima, que Gates apresenta em parceria com o especialista Fauci, é menos animadora. Mesmo depois da aprovação de uma vacina localmente, as coisas não voltarão totalmente ao normal até que o mundo inteiro derrote a doença. “Haverá uma fase em que teremos números muito baixos nos Estados Unidos, mas ainda estará avançado em outras partes do mundo. Acho que muitas pessoas permanecerão bastante conservadores em seu comportamento, especialmente se eles se associam com pessoas mais velhas, cujo risco de ficar muito doente é muito alto”, diz ele. - A próxima pandemia não será tão grave
Embora essa pandemia tenha sido um pesadelo, Gates tem esperança de que na próxima vez que uma doença surgir, o mundo se sairá muito melhor para contê-la. “O principal motivo de ter um impacto menos destrutivo é que teremos praticado. Teremos feito treinos de doenças como treinos de guerra – quase todos os países responderão como a Coreia do Sul ou Austrália: testando rapidamente e colocando pessoas em quarentena. Nossas ferramentas de teste serão muito melhores. Não seremos tão estúpidos na segunda vez.”
*Extraído do site Conteúdo Pequenas Empresas, Grandes Negócios