As novas tecnologias digitais facilitam a vida dos seres humanos, impulsionam negócios e tornam as cidades mais inteligentes e conectadas. Os municípios estão usando de forma estratégica e integrada a infraestrutura e os sistemas de informação para fomentar o desenvolvimento, sobretudo de forma sustentável.
Curitiba (PR) – apontada como a cidade mais inteligente e conectada do Brasil pelo Ranking Connected Smart Cities 2022 – tem investido em inovação e tecnologia para melhorar a vida da população e criar oportunidades para os negócios.
“As inovações implementadas em Curitiba mostram que a cidade está no caminho certo, pois cidade inteligente é aquela que melhora e facilita a vida das pessoas. Hoje, nossa cidade abre uma empresa em seis horas, gera empregos mais rapidamente e de forma sustentável, humana e inteligente. Ser uma cidade amplamente conectada gera um ambiente favorável para o crescimento do varejo e o crescimento de renda da população”, afirma Rafael Greca, prefeito da capital paranaense.
As vencedoras do ranking, que está em sua oitava edição, foram divulgadas no início do mês. Além de Curitiba, estão entre as cinco cidades mais inteligentes do Brasil: Florianópolis (SC), em segundo lugar: São Paulo (SP), em terceiro; São Caetano do Sul (SP); e Campinas (SP).
O Connected Smart Cities foi elaborado pela Urban Systems, em parceria com a Necta, e mapeou 680 municípios com mais de 50 mil habitantes, gerando indicadores que servem de subsídio para a criação de políticas públicas. Para definir as cidades com maior potencial de desenvolvimento do Brasil, o ranking é composto por 11 eixos temáticos: Mobilidade, Urbanismo, Meio Ambiente, Tecnologia e Inovação, Economia, Educação, Saúde, Segurança, Empreendedorismo, Governança e Energia.
“Voltamos ao primeiro lugar com números expressivos em empreendedorismo, urbanismo, tecnologia e inovação, setores fundamentais para o crescimento contínuo da cidade na nova economia e no novo mundo conectado ao 5G. Viva a transformação digital, viva a smart Curitiba!”, comemora o prefeito.
Leandro Kuhn, CEO do L8 Group, especializado em telecomunicações, acredita que as cidades inteligentes precisam investir em recursos como a fibra óptica, smartphones e aplicativos.
“Sem essa infraestrutura não é possível se transformar em uma cidade inteligente e não é possível gerar novos recursos para os cidadãos. Por exemplo, quando a lâmpada da sua casa queima, em uma cidade inteligente, você notificaria o aplicativo e alguém viria resolver seu problema instantaneamente. A conexão com o celular deve ser usada para facilitar o atendimento em qualquer setor”, diz.
Cidades inteligentes favorecem os negócios
Hoje, ser uma cidade conectada é um diferencial, sobretudo porque facilita o acesso da população às tecnologias, que ainda é um privilégio no Brasil. “Mais do que interessante, essa mudança é necessária. A pandemia nos deu um exemplo disso: crianças precisavam estudar em casa e nem todas conseguiam manter os estudos”, aponta Leandro Kuhn.
Por outro lado, em uma cidade conectada, a loja física faz parte do mundo virtual e os seus produtos e serviços são facilmente acessados e adquiridos por meio de equipamentos, como smartphones e computadores. Na prática, as smart cities facilitam o processo de omnicanalidade, ou seja, a ligação entre varejo físico e digital.
“A digitalização do varejo é real e um processo cada vez maior. A necessidade de ir às lojas físicas está diminuindo e a rapidez do serviço online está aumentando. As cidades conectadas envolvem tudo isso”, explica o CEO do L8 Group, que acrescenta: “o varejo precisa ser rápido e prático, para fazer com que os clientes não desistam da compra e até volte a repeti-la depois. Pode ser um recurso muito valioso, se bem utilizado”, acrescenta.
Para finalizar, Kuhn deixa uma dica para os varejistas: “não espere a sua cidade se conectar para se transformar, acelere o processo, esteja avançado, para quando chegar, você estar pronto. A transformação é muito rápida e, se deixar para depois, você vai ficar para trás”.
Com informações do Estadão.
Reportagem: Luís Adolfo Barbosa
Edição: Fernanda Peregrino