Ciro Gomes: é preciso impor ao Brasil a tarefa de ser “um Portugal” em 30 anos
Um projeto nacional de desenvolvimento para colocar o Brasil de volta ao rumo: assim, o candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, descreveu sua proposta de governo durante evento organizado pelo Instituto Unecs, nesta terça-feira (30).
A ideia foi exposta durante o Diálogos com candidatos à Presidência da República, promovido pelo Insituto Unecs, nesta terça-feira (30)
Por Erick Arruda
Um projeto nacional de desenvolvimento para colocar o Brasil de volta ao rumo: assim, o candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, descreveu sua proposta de governo durante evento organizado pelo Instituto Unecs, nesta terça-feira (30). Para Gomes, é preciso impor ao País, democraticamente, a terefa de sermos “um Portugual”, em 30 anos. “Nesse, sentido, precisamos decompor os indicadores socioeconômicos e estabelcer a distância para alcançálos”, declarou.
Ao longo de 50 minutos, o candidato respondeu a questionamentos de empresários de todos os setores representados pela União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs). Segundo ele, seu plano de governo pretende restaurar o ambiente de negócios e dar modelo ao sistema tributário, que descreveu como o mais caótico, estúpido e perverso do mundo.
Ciro defendeu a unificação de tributos em um único imposto sobre valor adicionado, e afirmou ser necessário “deslocar o peso da carga tributária do consumo e pesá-lo um pouco mais sobre patrimônio e renda das classes mais abastadas”.
Quando questionado sobre a segurança nas fronteiras, o candidato criticou o baixo efetivo da Polícia e da Receita Federal, cujo, segundo diz, 40% está atrás de balcões, apenas carimbando papel. “É preciso reestruturar a administração pública e transformar a punição em exemplo. O que dissemina o crime, é a impunidade”, declarou.
Sobre as relações de trabalho, Ciro disse que a “velha CLT” não compreende mais a realidade trabalhista, desenvolvida pela tecnologia, e falou da forte inadimplência que atinge as empresas. Segundo ele, a proposta é chamar o empresariado brasileiro para um pacto nacional de cooperação governo\empresas, mediando encontros com o setor para buscar soluções. “Eu, enquanto governo, vou querer arrecadar mais e os senhores, contribuírem menos. Precisamos equilibrar essa conta”, disse.
Para equilibrar as contas, a solução, segundo ele, seria dispensar gastos que extrapolam a receita e priorizar as dívidas que o Estado precisa para caminhar para a frente.
Sobre as propostas de reforma tributária em tramitação no Congresso Nacional, o candidato disse não acreditar que elas mereçam ser chamadas de reforma.”São modernizações, simplificações, mas nem remotamente, têm condição de passar ou de resolver o problemas brasileiro, que são as incidências nas categorias menos poderosas politicamente”, pontuou.
Por fim, Ciro disse que o Brasil precisa de um esforço metodológico. “O setor formal hoje carrega os custos fixos do país, por estarem na formalidade. Por outro lado, mais de 50% do PIB está na informalidade. Como é possível competir assim? É preciso das um freio de arrumação nisso”, declarou.
Sobre Ciro Gomes
Nascido em Pindamonhangaba (SP), em 1957, Ciro Gomes é advogado, professor universitário e político filiado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT). Foi deputado estadual por duas legislaturas no Ceará, prefeito de Fortaleza, governador do Ceará, ministro da Fazenda e ministro da Integração Nacional. Seu último mandato político foi o de deputado federal entre 2007 e 2011.
Formado em direito pela Universidade Federal do Ceará (UFC), foi professor de direito tributário e de direito constitucional. Foi também presidente da Transnordestina S/A e um dos diretores da Companhia Siderúrgica Nacional. Foi candidato à presidência da República na eleição presidencial de 2018, ficando em terceiro lugar com 13 milhões de votos.
Fonte: Assessoria de Comunicação da CACB
Fotos: César Tadeu, Júnior Aragão e Paulo Negreiros