Grupo que reúne lideranças varejistas de todo o mundo se reúne na véspera da NRF 2019
No dia 12 de janeiro, véspera da abertura da NRF Big Show, aconteceu a primeira reunião do ano do Fórum Internacional para Executivos de Associações Varejistas, formado por 39 entidades que representam 26 países e que busca debater estratégias para o crescimento do varejo mundial.
Integrante do grupo, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) foi representada pelo presidente, José Cesar da Costa e pelo gerente de projetos, Daniel Sakamoto, que apresentaram aos mais de 80 executivos presentes as principais questões relacionadas ao varejo brasileiro que estarão em pauta em 2019, destacando a agenda de reformas estruturantes e as ações do novo governo em busca da retomada do crescimento econômico.
A próxima reunião do Firae será realizada entre os dias 10 e 12 de abril de 2019, em Xangai, na China. Confira a seguir as principais questões do varejo nos países que compõem o grupo.

A regulamentação do país não é considerada eficiente para o ambiente de negócios e destacam-se fragilidades como altos custos com burocracia e mão de obra pouco qualificada em diversas posições estratégicas para o varejo. O crescimento considerável do comércio eletrônico internacional, ainda carente de uma regulamentação adequada, representa oportunidades e desafios.

O país ressaltou a necessidade urgente de ajuste fiscal para o comércio internacional, visto que a situação atual é altamente prejudicial ao setor varejista canadense. Eles também sofrem com a escassez de mão de obra qualificada para o varejo e destacaram um trabalho permanente de negociação com operadores de cartão de crédito para ajuste de taxas que refletem diretamente no custo dos produtos.

Os chineses destacaram a intensa transformação do varejo a partir da fusão do físico com o online e a adoção massiva de robôs e sistemas de autoatendimento, como reflexo da preferência dos consumidores por processos mais ágeis e eficazes. O mercado de produtos de luxo tem previsão de alto crescimento nos próximos anos e o mundo verá a China deixar para trás a fama de vender produtos de baixa qualidade. O desenvolvimento do varejo tem causado impacto direto nos demais setores da economia.

No país, a tendência é crescimento do consumo consciente e sustentável e a necessária adaptação do mercado de trabalho. Discussões sobre novos modelos de negócios e práticas de gestão no varejo tem sido recorrentes para que empresários franceses se mantenham competitivos.

Os alemães destacaram a importância de ajustes normativos e fiscais relacionados ao comércio eletrônico, principalmente a questão de proteção de dados. A situação favorável da economia alemã oferece condições para redução de taxas e tarifas públicas, estimulando o consumo e beneficiando o varejo.

Mudanças demográficas, como o envelhecimento da população, vêm impactando diretamente o varejo. Outra característica que reflete nos negócios é a concentração da população nos grandes centros urbanos e os índices de consumo que não acompanham o crescimento econômico do país.

O novo acordo comercial envolvendo México, Estados Unidos e Canadá está em ampla discussão e há expectativas de melhoras no ambiente de negócios. Novos marcos legais estão sendo implementados visando diminuir a corrupção, estimular o crescimento econômico, aumentar a competitividade empresarial e criar empregos.

Além de mostrarem apreensão sobre as negociações no âmbito do comércio internacional, os norte-americanos lutam para reduzir as taxas cobradas por instituições financeiras sobre transações no cartão de crédito e débito e com o alto custo da mão-de-obra decorrente de alteração na legislação trabalhista.