O poder dos vídeos das redes sociais para o Varejo
Estudo realizado pelo YouTube aponta que 78% dos entrevistados gostam de assistir a vídeos relacionados a compras, mesmo sem a intenção de comprar.
O consumo não está puramente ligado ao ato de adquirir ou não produtos. Também tem relação com quem somos, ou melhor, com quem desejamos ser. E a internet, mais especificamente o YouTube, se tornou um importante meio para o consumidor projetar e canalizar seus desejos e sentimentos – comportamento reforçado pelo difícil cenário econômico, uma vez que parte da população só tem consumido por necessidade.
Com o desejo de adquirir produtos e serviços vivo dentro das pessoas, assistir a vídeos sobre aquilo que se deseja tornou-se um dos principais passatempos dos brasileiros. Estudo realizado pelo YouTube aponta que 78% dos entrevistados gostam de assistir a vídeos relacionados a compras, mesmo sem a intenção de comprar. São vídeos de dicas, de unboxing e de reviews que tocam a lembrança afetiva que temos de comprar algo desejado. Além disso, 62% dos entrevistados têm um criador de conteúdo de confiança para recomendações.
“Não tenho saco para diariamente ver um filme ou uma série que demandam horas. Mas vejo vários vídeos de unboxing, de coisas inúteis em especifico, tipo um cortador de banana. Não sei o motivo, mas isso me entretém muito”, diz uma das entrevistadas de 19 anos, natural do Rio de Janeiro.
Curiosidade pelo inacessível
A pesquisa mostra ainda que o criador do conteúdo assistido impacta diretamente as decisões de compra dos espectadores. Em certos casos, quem faz o vídeo é mais relevante do que o produto apresentado, mostrando que o interesse é por quem desejamos ser.
Uma realidade diferente e cheia de luxos inacessíveis também atrai grande parte dos espectadores dos vídeos: 64% assistem a vídeos de produtos exclusivos para matar a curiosidade e 69% sentem uma sensação de pertencimento, mesmo que provisoriamente, ao assistir vídeos de compras luxuosas.
“Desde sempre eu tive costume de ver vídeos de gente com muito poder aquisitivo ou casas de luxo. Já assisti a muitos vídeos de unboxings, teste e tours de consumo de alto luxo. Meus amigos sempre comentam que sou muito sonhador. Apesar de ter a consciência de que vivemos em uma desigualdade social enorme e me sentir meio superficial por assistir a conteúdos assim, eu não posso negar que gosto, pois me incentiva a buscar alguns sonhos e uma qualidade de vida melhor”, conta um entrevistado de Porto Alegre, que tem 31 anos.
Outro dado da pesquisa faz referência às vaidades virtuais, como produtos de jogos ou skins, como são conhecidas no meio, e os NFTs – Non-Fungible Token ou Token Não-Fungível, que são símbolos eletrônicos que representa um bem com características únicas e não pode ser substituído por outra coisa. Para 56% dos entrevistados esses itens já são tão desejados quantos os produtos reais; e 59% acreditam que, em breve, a moda virtual terá importância igual a real. Além disso, o YouTube também serve para o consumidor conhecer mais sobre este “novo” mundo.
Com informações do Think With Google.